Homem comum – melhor documentário brasileiro

Confirmando expectativa registrada aqui no sábado (12/4/2014), antes dos vencedores do 19º Festival É Tudo Verdade terem sido anunciados, , de Carlos Nader, foi escolhido como melhor documentário brasileiro pelo júri formado por Andrea Pasquini, Bebeto Abrantes e Marcius Freire.

O pouco lembrado nome do prêmio – “Janela para o contemporâneo” – talvez sirva de pista inicial para entender a decisão do júri ao atribuir o troféu e o prêmio de cem mil reais a .

Mesmo sem ter assistido a nenhum dos demais concorrentes, eles certamente têm méritos, pois do contrário não teriam sido selecionados para a mostra competitiva do Festival. Mas, por não serem, aparentemente, filmes incomuns, salvo talvez O mercado de notícias, de Jorge Furtado, podem não ter sido devidamente considerados pelo júri.

O prêmio atribuído a  sugere uma inconfessada divisão em categorias. Dicotomia falaciosa que pode ter levado o júri a premiar o incomum, ainda que frustrado, em detrimento do que pode ter sido considerado mais do mesmo – documentários relacionados ao futebol, cantores e instrumentistas populares, trajetórias biográficas etc. –, independente dos seus méritos próprios.

No fundo, essa é uma tendência que valoriza a  originalidade per se, que é má conselheira. E nesse contexto, Democracia em preto e branco, sobre a Democracia corintiana, dificilmente conseguiria ir além de uma menção honrosa.

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