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Impopular na pandemia, governo Bolsonaro abriu o cofre

Camille Lichotti e Renata Buono | 02 set 2020_16h57
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Neste ano o Brasil bateu recorde de pessoas inscritas em programas sociais – o número de beneficiários quadruplicou de 2019 para 2020. Esse crescimento se deu graças ao Auxílio Emergencial, implementado em abril para reduzir os efeitos da crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19. O programa é a principal aposta para manter a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, afetada pela postura do governo em relação à pandemia. Dos 85,3 milhões de beneficiários dos programas de transferência de renda contabilizados pela Controladoria-Geral da União, 65,2 milhões ganham também o Auxílio Emergencial. De cada 10 beneficiários atualmente inscritos em algum programa social, 8 recebem o Auxílio Emergencial, que atualmente domina o orçamento destinado a benefícios de distribuição de renda.

A folha de pagamento do programa neste ano foi de R$ 115,8 bilhões – de abril, quando foi implementado, a julho. Já o orçamento do Bolsa Família, em todo o ano de 2019, foi de R$ 31,2 bilhões. Isso significa que em quatro meses o governo gastou no Auxílio Emergencial um valor equivalente a quatro anos de pagamento do Bolsa Família. Até agosto, o auxílio foi pago em parcelas de R$600, mas com a prorrogação do benefício por mais quatro meses, o valor das parcelas foi reduzido pela metade. Além de sustentar o apoio de parte da opinião pública, essa decisão também dá ao governo mais tempo para estruturar o programa Renda Brasil, que substituirá o Bolsa Família após o Auxílio Emergencial.  

Fonte: Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União 

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