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Jorge Lanata e o caso da mala dos Kirchner

Era agosto de 2007, véspera da primeira campanha presidencial de Cristina Kirchner. Um avião fretado pela empresa pública Energía Argentina S.A. (Enarsa) saía de Caracas, capital da Venezuela, e desembarcava em Buenos Aires. Na alfândega da capital argentina, o empresário americano-venezuelano Guido Antonini Wilson foi pego pela polícia. Carregava uma mala cheia de dinheiro – 790 mil dólares.

20ago2015_16h30
Avião que trazia o empresário Guido Antonini e sua mala
Avião que trazia o empresário Guido Antonini e sua mala

Era agosto de 2007, véspera da primeira campanha presidencial de Cristina Kirchner. Um avião fretado pela empresa pública Energía Argentina S.A. (Enarsa) saía de Caracas, capital da Venezuela, e desembarcava em Buenos Aires. Na alfândega da capital argentina, o empresário americano-venezuelano Guido Antonini Wilson foi pego pela polícia. Carregava uma mala cheia de dinheiro – 790 mil dólares.

Embarcados no avião, junto com Wilson, estavam nomes ligados ao alto escalão do governo de Néstor Kirchner. Entre eles Claudio Uberti, assessor de Julio de Vido, ministro do Planejamento, e Exequiel Espinoza, presidente da Enarsa e o responsável pelo frete do avião. Também estava a bordo Ruth Behrens, representante da estatal venezuelana PDVSA.

Em reportagem publicada pelo jornal Perfil, o jornalista Jorge Lanata relatou a história em detalhes e levantou suspeita de um financiamento ilegal de Hugo Chávez à campanha eleitoral de Cristina Kirchner. Os jornais Clarín e La Nación, entre outros, se debruçaram sobre o caso.

O voo da mala aterrissou na véspera da visita do então presidente Hugo Chávez à Argentina. Segundo investigação do FBI, o dinheiro pertencia à PDVSA e foi enviado por Chávez para financiar a campanha de Cristina. Os dois negaram as acusações. Apesar da crise que o caso deflagrou, Cristina foi eleita.

Claudio Uberti, descrito pela imprensa argentina como um “embaixador informal” entre os dois países, foi afastado do cargo. Guido Antonini Wilson foi denunciado por crime de contrabando e lavagem de dinheiro. O empresário deixou a Argentina logo após o episódio e voltou para Miami, onde vive até hoje e controla uma empresa de investimentos.

A Suprema Corte da Argentina deve decidir ainda este ano se o caso da mala deverá prescrever ou não. Até hoje ninguém foi preso. Os mais de 700 mil dólares continuam retidos na alfândega. A reportagem de Lanata pode ser lida clicando aqui.

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