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    O tom de O Novo Tempo do Mundo é elitista, senão aristocrático. O autor parece pregar para convertidos. Às vezes nos perguntamos se ele está mesmo preocupado com a sorte da humanidade ILUSTRAÇÃO: DOUGLAS LUDDENS

tribuna livre da luta de classes

A esquerda encapuçada

As cegueiras do niilismo neomarxista de Paulo Arantes

Ruy Fausto | Edição 99, Dezembro 2014

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Paulo Eduardo Arantes é um intelectual brasileiro fora de série. Até mais ou menos o final da década de 80, quando já contava bem mais de 40 anos, seu perfil não se distinguia muito do de seus colegas. Especialista em Hegel, sua tese, defendida na Universidade de Paris X – Nanterre, tornou-se um clássico da bibliografia filosófica brasileira. Excelente professor, homem de esquerda como muitos dos seus pares, a partir daquela quadra enveredou por um caminho original.

Primeiro, o que então pareceu insólito, lançou um livro sobre o próprio Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP), onde lecionava – um livro sem dúvida excessivo, pelo tratamento um pouco desmedido que ele deu ao objeto, mas muito bem escrito e que teve grande repercussão. Depois, embora professor de filosofia, ou justo por isso, ao mesmo tempo que publicava excelentes livros que fugiam do ramerrão universitário, foi manifestando uma postura explicitamente antifilosófica. Para dar só um exemplo: ele andou criticando Theodor Adorno, o grande pensador de Frankfurt, porque este ainda era filósofo. Ele, Arantes, caía fora da teia, indo parar aproximadamente lá onde estava o Marx da Ideologia Alemã (um Marx que opunha à filosofia uma certa ciência e a práxis).

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