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Até mais, amor

    Grafite em homenagem a Elza Soares no Rio, pintado por Fernando Cazé: “Tá tão lindo, tão emocionante. Esse salão é o salão de Meu Guri”, disse a cantora sobre as filmagens no Municipal CRÉDITO: FOTO HUGO LEO LOURENÇO_PROJETO NEGROMURO_2021 (ARTE CAZÉ ARTE E PESQUISA PEDRO RAJÃO)

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Até mais, amor

Uma reconstituição dos últimos dias de Elza Soares

Tatiane de Assis | Edição 192, Setembro 2022

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No palco do Theatro Municipal de São Paulo, Elza Soares se queixou em voz baixa que as duas faixas de elastano de seu macacão de seda branca, bem coladinho, estavam apertando a cintura e parte dos quadris. Rapidamente, Pedro Loureiro, o empresário da cantora, arrumou uma tesoura. Enquanto cortava com cuidado os elásticos, ela disparou, rindo: “Gentem, o Pedro vai me deixar pelada!”

Elza Soares não ficou menos elegante, apesar dos ajustes feitos às pressas. Por cima do macaquinho branco, ela vestia uma capa, também de seda branca. Parecia um manto real a cobri-la do tronco aos pés, na elegante cadeira de acrílico branca – modelo Louis Ghost Chair, do designer francês Philippe Starck – em que estava sentada. A longa capa se estendia sobre duas caixas de som, instaladas sobre um praticável retangular, em cima do qual foi colocada a cadeira. Desde que começou a se apresentar sentada, no início dos anos 2000, seus shows ocorriam sobre essa espécie de palquinho em cima do palco, para que ela não ficasse numa altura inferior à dos músicos da banda, ao seu redor.

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