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    É raríssimo encontrar livros em banheiros, embora muita gente repute o ambiente ótimo para a leitura. A umidade do local é considerada a maior inimiga da conservação dos textos impressos ILUSTRAÇÃO: TOM GAULD

questões de método

Notas breves sobre a arte e o modo de arrumar os livros

Um dos problemas do homem que guarda as obras que leu ou tem a intenção de um dia ler é o da expansão de sua biblioteca

Georges Perec | Edição 114, Março 2016

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Toda biblioteca[1] atende a uma dupla necessidade, que muitas vezes é também uma dupla mania: armazenar determinadas coisas (livros) e arrumá-las de acordo com determinadas normas.

Certa vez um amigo meu idealizou o projeto de circunscrever sua biblioteca a 361 obras. A ideia era a seguinte: a partir de um número “n” de obras, tendo atingido, por adição ou subtração, o total K = 361, concebido como correspondente a uma biblioteca senão ideal, pelo menos suficiente, ele se obrigaria a não adquirir de modo permanente uma nova obra X sem antes eliminar (por doação, arremesso, venda ou qualquer outro meio adequado) uma obra constante Z, de modo que o número total K de obras permanecesse o mesmo e igual a 361: K + X > 361 > K – Z.

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