: O computador quântico do Google: a maioria dos físicos do início do século XX considerou que a enorme hostilidade de Albert Einstein à mecânica quântica era um “sinal de senilidade” CRÉDITO: GOOGLE
A corrida – que vai mudar o mundo – para chegar ao computador quântico
Esses computadores podem ajudar a lidar com as mudanças climáticas e a escassez de alimentos, ou quebrar a Internet
Stephen Witt | Edição 198, Março 2023
Nos limites da cidade de Santa Barbara, no estado da Califórnia, entre os orquidários e o mar, fica um discreto armazém, com janelas pintadas de marrom e paredes externas de um cinza sem graça. O lugar praticamente não tem nenhuma sinalização e seu nome nem aparece no Google Maps. Na entrada, uma pequena placa informa: “Google Quantum AI”. Do lado de dentro, o computador está sendo reinventado do zero.
Em setembro passado, fiz uma visita ao local ciceroneado por Hartmut Neven, fundador do laboratório. Neven nasceu na Alemanha, tem 58 anos, é calvo e pertence a essa nova linhagem de híbridos de executivos e místicos. Ele falou sobre nosso futuro quântico com uma mistura de precisão científica e euforia psicodélica. Vestia jaqueta de couro, camisa de linho larga enfeitada com botões, uma calça jeans com bolsos de zíper nas pernas e um par de tênis com velcro que parecia uma bota para caminhar na Lua. “Como minha equipe sabe, nunca perco um Burning Man”, ele me disse, referindo-se ao festival anual de contracultura realizado no deserto do estado de Nevada.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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