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    Conferência de Bretton Woods, em julho de 1944: a identificação do neoliberalismo com o neoextrativismo em muitas partes do Sul Global é hoje a diferença mais evidente em relação à situação vivida nas décadas seguintes à Segunda Guerra CRÉDITO: AP PHOTO_IMAGEPLUS_1944

questões de ordem mundial II

O que vem depois do neoliberalismo?

A armadilha neoextrativista do Sul Global pode ser uma oportunidade para renovar a teoria da dependência

Marcos Nobre | Edição 213, Junho 2024

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Em outubro de 2020, quando mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo já haviam morrido em decorrência da Covid, pareceu que o pior da pandemia havia passado. Com a diminuição do número de internações, os hospitais em colapso estavam recuperando sua capacidade, enquanto se preparava a distribuição da primeira dose da vacina para dali a dois meses. O otimismo, porém, era fruto de mais uma ilusão, como outras tantas que tivemos depois: a Covid não arrefeceu nos meses seguintes. Apenas em maio de 2023, quase três anos mais tarde, a Organização Mundial da Saúde declarou o fim da pandemia.

Também foi naquele mesmo mês de outubro de 2020 que a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, anunciou: “Hoje, estamos diante de um novo ‘momento’ Bretton Woods.” Em 1944, os acordos de Bretton Woods criaram o próprio FMI, além do Banco Mundial, estabelecendo as bases para o comércio internacional e as políticas de reconstrução e desenvolvimento no pós-Segunda Guerra Mundial, tudo ancorado em uma moeda de referência, o dólar. Bretton Woods definiu também o que se chamou, então, de “ordem econômica internacional”, cujo objetivo era coordenar as políticas monetárias dos países, segundo os parâmetros estabelecidos nos acordos.

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