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    ILUSTRAÇÃO: STEVETHOMASART.COM

ficção

Para dizer a verdade

Na última vez em que um dos nossos andou por aqui não estava acontecendo grande coisa, além da esperada proliferação aleatória de espécies animais e vegetais inferiores

Jorio Dauster  | Edição 77, Fevereiro 2013

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“Para dizer a verdade, nunca me interessei muito pela exobiologia, embora, como qualquer cadete espacial, eu tenha tido de estudar todas as formas de vida alienígenas. Mas, quando me formar em engenharia cósmica, vou procurar emprego na semeadura de supernovas ou na exploração de energia dos buracos negros. Por isso, só vim parar neste canto perdido da galáxia porque precisava de alguns créditos no curso de navegação solo e há sempre muitas vagas no programa de supervisão de hábitats alternativos.

Na última vez em que um dos nossos andou por aqui havia uma grossa camada de gelo sobre a maior parte do planeta e não estava acontecendo grande coisa, além da esperada proliferação aleatória de espécies animais e vegetais inferiores. O único fato relativamente interessante era a presença de certos bípedes que usavam artefatos, haviam controlado o fogo e pareciam estar desenvolvendo métodos mais eficientes de intercâmbio mental. Como na época daquela visita eles costumavam se deslocar em pequenos grupos, minhas instruções eram de correlacionar seu crescimento numérico com as mudanças climáticas previstas para verificar se tinham alguma probabilidade de criar uma estrutura social mais estável.

Você pode imaginar minha surpresa quando acordei da suspensão criônica e descobri que os sensores de bordo vinham registrando emissões de energia em todo o espectro. Rapidamente me dei conta do que estava ocorrendo lá embaixo, embora ainda não entenda como isso foi possível. O fato é que, no curto período de quatro de nossos ciclos (que correspondem mais ou menos ao tempo que o planeta leva para circundar sua estrela 16 mil vezes), esses bípedes haviam se multiplicado a uma taxa fantástica e tinham controlado ou eliminado todas as outras espécies animais. À medida que a cobertura de gelo recuou em direção aos polos, bilhões dessas criaturas primitivas ocuparam a maior parte da superfície sólida da crosta de forma totalmente fortuita: em alguns lugares, as condições descritas no relatório anterior ainda perduravam, enquanto em outros elas viviam agora em densas aglomerações, executando atividades de transformação e usando meios precários de transporte e comunicação.

 

Seja como for, a vida em outros planetas não é o meu forte. Por isso, aumentei a coleta rotineira de dados, enviando várias naves não tripuladas em voos suborbitais – o que, aliás, deixou as criaturas muito perplexas por não identificarem a origem daqueles objetos voadores. Só compreendi que tinha topado com alguma coisa realmente especial quando meus sensores luminosos começaram a detectar o duplo pulso de luz que é característico das explosões nucleares, coincidindo com o fim de um dos extermínios em massa que parecem ser endêmicos na cultura dessa espécie. Isso deve ter causado alguma excitação no nosso centro de comando, porque me mandaram aumentar a frequência dos voos de reconhecimento a baixa altitude. Outras detonações nucleares se seguiram, de potência crescente, mas a notícia mais importante ainda estava por vir: também como subproduto daqueles rituais de massacre coletivo, essas criaturas construíram alguns foguetes rudimentares e, logo depois, começaram a usá-los para escapar do campo gravitacional do planeta. Você não ia acreditar se visse as engenhocas em que eles voam, mas o certo é que tiveram a coragem de visitar algumas vezes o único satélite natural que possuem e, mais tarde, estabeleceram uma pequena base permanente no espaço.

Não é à toa que o pessoal do centro de controle me disse que essas criaturas estão evoluindo mais rapidamente do que qualquer outra forma de vida inteligente monitorada por nós até hoje. Tenho certeza de que, por isso, eles decidiram que as coisas estavam indo longe demais, e pouco depois fui informado de que vocês viriam com o equipamento especial de limpeza biológica. Sei muito bem que não podemos permitir que hordas de alienígenas agressivos circulem pelo espaço com artefatos nucleares, mas fico com um pouco de pena de que a coisa tenha de terminar assim…”

Jorio Dauster 

É embaixador, consultor de empresas e tradutor

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