Se ler piauí não fosse divertido, seria trágico
| Edição 66, Março 2012
CATÓLICOS
Admiro o trabalho de vocês, mas peço que respeitem a minha Igreja Católica Apostólica Romana, e o Santo Padre O Papa, Bento XVI, e o Beato João Paulo II. Tão inteligentes quanto vos sois, não precisam rebaixar o nível, nem ser intolerantes. Liberdade de expressão não pode ofender a fé alheia.
BRUNO EDUARDO, São Paulo (SP)
PIAUIENSE
A vida é tão doida…Como pude por tanto tempo ficar sem ler esta revista maravilhosa. Me lembro da curiosidade despertada quando vi uma entrevista na tevê (acho que na TV Cultura) sobre a revista e logo fui às bancas comprá-la. Nem na maior banca da cidade tinha, fiquei doido enchi o saco do jornaleiro e ele conseguiu um exemplar. Maravilhosa revista. Obrigado por existirem.
GÊNETO EUGENIO, Volta Redonda (RJ)
CASA DA MOEDA
Como “piauita” (desde a edição 3!) e “moedeira” me senti ofendida por este Pinguim que tudo sabe não saber onde fica a gloriosa Casa da Moeda do Brasil. Tudo bem que é longe pacas, mas não é nada que um Google Maps ou (ou um Guia Rex mesmo) não possa ajudar a encontrar. Aproveito a missiva para convidá-lo a nos conhecer e, se puder, trazer nossa querida presidenta. A “família moedeira” (como nós nos chamamos) ficará muito contente.
NOTA DA REDAÇÃO: Consultamos nossos mapas geográficos, astrais e meteorológicos e não encontramos o erro mencionado. Já encomendamos um GPS que talvez resolva.
JULIANA SOUZA, Rio de Janeiro (RJ)
PERFIS
Brilhante e bastante útil ao país as entrevistas da jornalista Consuelo Dieguez com ex-ministro Jobim (“Para toda obra”, piauí_59, agosto) e a de Daniela Pinheiro com o ex-chefão da CBF Ricardo Teixeira (“O presidente”,piauí_58, julho), tendo o primeiro sido demitido pela Dilma e o segundo renunciado ao cargo que julgava eterno e vitalício.
GERALDO DA SILVA LEITE, Curitiba (PR)
PERFIS
29/03/2012 12:17Enviada pelo siteOs perfiladores de piauí são como terapeutas. Não consideram tão importante o que o perfilado está dizendo: mas como ele está dizendo e no que está acontecendo enquanto ele está dizendo. Ser perfilado em piauí deve curar neuroses. Ou agravá-las.
DARLAN MOREIRA, Ceará-Mirim (RN)
ODOIÁ NAS MONTANHAS
No texto “Odoiá nas montanhas”, da seção “Esquina”, edição “Edição 66” (piauí_66, março), que trata de nós belo-horizontinos estarmos buscando nos reapropriar dos espaços (ditos) públicos, cabe uma pequena ressalva ao trecho “A manifestação tem sido recebida com espírito esportivo pelo poder público”. Infelizmente não tem sido assim. No caso da Praia da Estação, tema da matéria, o Governo cedeu pela dimensão que o embate tomou — decerto fez uma avaliação custo-benefício da questão em ano eleitoral e preferiu recuar. Mas o cerceamento ao povo na utilização do que em tese é seu por direito continua ocorrendo — e de forma cada vez mais ostensiva. No pré-Carnaval deste ano houve boicotes. Agora, em 10 e 11/03, iniciativas de pós-Carnaval foram suprimidas com o uso de força pela máquina pública. Como na Praia da Estação, o acontecimento que cito não reflete um evento, tampouco tinha acepção comercial. Tratava-se de um grupo de pessoas que combinaram via internet de se reunir na Praça do Papa, nada mais. No caso em questão, a Praça foi interditada por um aparato de Policiais Militares, guardas municipais e fiscais. O estacionamento da praça foi interditado. Uma blitz foi montada e bebidas de propriedade dos cidadãos, que as levaram para consumo próprio foram confiscadas. E a Praça do Papa do cartão-postal, situada em uma das regiões mais nobres da capital mineira, pode continuar a ser o quintal da Tradicional Família Mineira, muito bem representada politica e jornalisticamente pelas bandas de cá.
EWERTON MARTINS RIBEIRO, Belo Horizonte (MG)
GRITOMUDONOMURO
Escrevo como leitor assíduo e diretor do Departamento de Matemática (DMAT) da PUC-Rio. Em primeiro lugar, meus parabéns por editar a revista mais inteligente do Brasil. Em segundo lugar, obrigado por divulgar a ciência e em particular a matemática (e mais ainda a matemática da PUC-Rio). Foi com muita alegria e satisfação que li a matéria da edição de fevereiro “Gritomudonomuro” (piauí_65, fevereiro), onde alunos e professores do DMAT têm destacada participação. Achei o artigo muito divertido e interessante.
LORENZO J. DIAZ, Rio de Janeiro (RJ)
O PRESIDENTE
Senti-me prazerosamente motivado a elogiar-vos pelo texto que traça o perfil do presidente da CBF (piauí_58, julho). Há tempos não lia uma reportagem que estivesse concatenada, possuidora de conteúdo e ironia em dose justa. Uma matéria grande que se lê de forma leve. Parabéns!
BRUNO SILVA
NOME DE BATISMO
Sempre me intrigou a razão do nome. Não peguei a edição nº 1, onde, acredito, vocês tenham explicado o uso do nome de um dos estados mais importantes do país na revista… Poderiam lançar outras publicações na mesma linha, como as revistas Acre, Amapá e Roraima. Vocês sabem se no Piauí alguém lê a piauí?
NOTA DA REDAÇÃO: Algumas hipóteses, caro Marcio: 1) Segundo Gilberto Freyre, as línguas faladas em países quentes e tropicais têm a predominância de vogais. Países frios e nórdicos preferem as consoantes. Vogais são redondas, doces, não machucam. Consoantes são cortantes e cheias de pontas. 2) Piauí é uma palavra leve, divertida. Nós a escolhemos porque ela mostra que a revista tem humor. 3) Piauí é também um dos estados menos conhecidos do Brasil. Houve mapas oficiais do Brasil que omitiram o estado do Piauí. Assim, piauí nos lembra coisas pouco conhecidas e acolhimento.
MARCIO MARQUES, Ribeirão Pires (SP)
O SEGREDO DE PAULINHA
Não sei, mas acho que vocês andam plantando notícias por aí. Ao relatar o curioso caso de Paula Merkell (piauí_65, fevereiro), me chama a atenção a riqueza de detalhes da apuração do dedicado repórter. Tão rica, aliás, que me pergunto como ele poderia obtê-las sem estar, ao menos em parte, envolvido no processo. Enfim, acho que Paulinha Merkell não é outra senão o alter-ego de algum membro da redação. Precisamos de mais detalhes. Mas quem investigará?
NOTA DA REDAÇÃO: Elementar, meu caro Gomes: talvez Watson?
GUSTAVO LAET GOMES, Belo Horizonte (MG)
POR UMA MOSCA MORTA MEU CORAÇÃO BALANÇA
Uma correção apenas: as cigarras não são do clã das hemípteras, são homópteras (piauí_65, fevereiro)
NOTA DA REDAÇÃO: Sabemos que os dois clãs se sentiram ofendidos e já fizemos a devida correção na versão eletrônica da revista. Obrigado, Grillo!
EUGENIO GRILLO, Florianópolis (SC)
PARAFUSO É COISA SÉRIA
Tem pessoas lendo uma tal “revista para quem tem um parafuso a mais” que estão nos enviando e-mails dizendo que ainda não conheciam a nossa “revista para quem tem um parafuso a menos” (piauí_65, fevereiro). Como profissional de marketing, eu pensava que já sabia o quanto as mulheres são observadoras. Lendo a Esquina percebo o quanto isso é ainda maior. Até a geladeira e o sapato lustrado entraram na dança. A repórter podia ter dito que além de baixinho eu sou limpinho. Parabéns.
SÉRGIO MILATIAS/REVISTA PARAFUSO, São Bernardo do Campo (SP)
CRASES E GENITAIS
Gostaria de congratular os componentes da redação por suas respostas aos leitores mais exaltados. A vida dos repórteres não deve ser fácil com tantas cobranças de pessoas que me parecem verdadeiros PHDs de Harvard. As crases e a precisão microscópica de termos técnicos passaram a se equivaler aos genitais e já não podem ficar de fora. Sob pena de uma enxurrada infinda de protestos raivosos daqueles que não sabem se dar a devida licença poética e dançar tresloucados tal um Ney Matogrosso ao som de Kubanacan, piauí segue sendo meu misterioso país del amor, no entanto.
VICTOR JOSÉ DE SOUZA TEODORO, Altamira (PA)
LA VIDA POR LA IZQUIERDA
Eu procurei, procurei e procurei, e fiquei pasma ao ver que NINGUÉM comentou a reportagem sobre Cuba (piauí_62, novembro 2011). A matéria é extremamente conservadora, foram entrevistadas somente pessoas que tinham a falar o que convinha à reportagem (falar mal do regime), sem abordar os inúmeros pontos positivos do país.
MARIANE SAUER, Florianópolis (SC)
O CANDIDATO DA ESQUERDA
Achei o perfil do ex-ministro Haddad (piauí_61, outubro 2011) muito favorável ao personagem. Extremamente pró-ministro. Se compararmos ao perfil do Kakay (“O protetor dos poderosos”, piauí_62, novembro 2011), a diferença é gritante. Neste temos mais sarcasmo, no outro o personagem é praticamente um anjo. Mesmo ao abordar os problemas do Enem a jornalista não perde mais que dois parágrafos no tema. Como se fosse uma obrigação citar o assunto, quando mereceria pelo menos uma explicação melhor por parte do ministro, por ser um assunto que afeta tanta gente.
SANCHO MORANES, São Paulo (SP)
LIVROS BROTAM NO SERTÃO
Sou cidadão do Paiaiá, mas resido em São Paulo. Há muitas pessoas que se orgulham de ter uma lanchonete, bares ou um McDonald’s na sua cidade. Eu sinto orgulho em dizer que no meu povoado tem uma biblioteca (piauí_65, fevereiro) – a maior biblioteca comunitária do mundo!
CARLOS SILVIO, São Paulo (SP)
QUESTÕES CINEMATOGRÁFICAS
É com grande pesar que constato o fim da publicação da seção Questões Cinematográficas pelo genial Eduardo Escorel. A última data de outubro de 2011. Coincidentemente no mês de novembro, uma carta do leitor Francisco Maciel citou o blog Sessões – sessoesdecinema.blogspot.com, do qual faço parte, julgando pejorativamente o termo elogioso que adjetiva o crítico nas linhas acima, a um bravo servo dessa arte chamada cinema. A ausência da seção assinada pelo genial montador/crítico/documentarista só empobrece o conteúdo dessa publicação que, como assinante desde os primeiros números, tenho orgulho de carregar para cima e para baixo, apesar
VITOR STEFANO, São Paulo (SP)
A ILHA-LABORATÓRIO
No artigo “A ilha-laboratório” (piauí_65, fevereiro), João Moreira Salles retratou o colapso econômico da Islândia, mas relegou a visão da totalidade, não enfatizando que isso decorreu da débâcle do capitalismo “financeirizado”. Tirar um instantâneo dessa experiência é valido. Mas a tragédia clama por uma visão da totalidade, que fuja do abstrato e a insira no processo histórico. Do contrário, a crise islandesa é inexplicável, caiu do céu, é obra do acaso, ou, em viés ideológico, é culpa do que se supõe ter sido um “governo de esquerda”. Para dar concretude a esse desastre, é importante relembrar que a Islândia foi apenas uma das muitas dezenas de países vítimas da ação predatória perpetrada pelo capitalismo “financeirizado”, imposto ao mundo a partir dos anos 70, sob a liderança dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e outros países avançados. Em 2009, 98% das transações mundiais eram negócios puramente financeiros e apenas 2% relacionavam-se à economia real. Enquanto o PIB mundial era de cerca de US$ 58 trilhões, os mercados financeiros globais operavam mais de US$ 700 trilhões. A pergunta correta não é se a Islândia tem algo a nos ensinar, como faz o autor, mas se não temos algo a aprender com o capitalismo “financeirizado”.
LUIZ MARIANO DE CAMPOS, Rio de Janeiro (RJ)
FRENTE E VERSO
Um fato curioso ocorreu nas páginas da revista (piauí_65, fevereiro) entre duas matérias distintas. Devido ao “vazamento”da tinta impressa, a asa do marimbondo morto na página 47 revela no verso (ou seja, na página 48, como que descendo à direita da nuvem superior carregada da Vista de Delf) a sombra de um raio de sol reclinada até o (verdadeiro?) pequeno pedaço de parede amarela nas construções do último plano. Teria Bergotte embarcado para a eternidade através da tela? Mesmo o barco parece à sua espera… Se assim foi, quase posso vê-lo acenar de seu pequeno alpendre no meio do muro amarelo. Não, espere, não é aceno. Com uma revista na mão, ele espanta um marimbondo distraído, também atraído pela cor de mel da pintura de Ver Meer. Obs.: Agora o texto assim está completo, pois o marimbondo necessitava de um motivo para atazanar Bergotte.
FERNANDO MUGLIA, Naviraí (MS)
O MÉDICO (E O) POLÍTICO
Após encerrar a leitura, não consegui identificar a real atividade de Kalil, que me parece mais interessado em poder e status do que em medicina. A opinião mais importante é dos familiares que o conhecem a fundo e traçam o perfil ganancioso que desde criança aguça esse rapaz. Muito triste para a medicina.
DIOGO FAGUNDES, Campinas (SP)