Sejamos breves, brevíssimos até: ponto final
| Edição 26, Novembro 2008
A grácil obra de ficção em dez capítulos, idealizada pelos sábios da redação para ter cara de folhetim, mas que vez por outra quase ruiu como um castelo de blocos Lego, versão piauiense, chega a seu – ufa! – final. Um desenlace retumbante, diga-se, à altura dos personagens criados pelos dez leitores-escribas que, valente e talentosamente, se dispuseram a participar do concurso.
A idéia de premiar o melhor autor de cada novo capítulo com uma bolsa pré-sal de 800 reais revelou-se insensata, à luz da crise global-intergalática-universal que arruinou quem investiu em jabuticabas e rúpias. Mas nos mantivemos encafifes e imbafefes, e o butim reservado ao vencedor do derradeiro capítulo está garantido – louvado seja Lula!
O niteroiense W. Surtan saiu-se vencedor por conceber um final alinhadíssimo com a serpenteante trama. Não perdeu tempo com o Antônio nem com o morto-vivo coronel Mergulhão, e – como Gilberto Kassab (solteiro, sem filhos e feliz) em relação a José Serra – entregou-se todinho, por inteiro, aos estouvados caprichos de Maria de Maria.
A íntegra do folhetim poderá ser lida no site a partir do início de dezembro (lá pelo dia 3, digamos, se não der praia), onde receberá tratamento gráfico à altura de uma Chartres das letras. Desejamos altos vôos literários – e cuidado com o caos aéreo: vem aí o Natal – aos autores André K., Ciço Léo, Claudio Pereira, Franco Neviani, Hemetério, Juliana Simões Martins, Lucas Paio, Rodolfo Viana, Paulo Vicente Alves Cruz e W. Surtan. (Agora, vem cá, Surtan, sem surtar, explique: esse W [dábliu] do seu nome, quer dizer o quê? Wlício, Waldirene, Washington? Algum parentesco com George W. Bush?)