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Uma nota ofendida e um tratado metodológico sobre como ler a piauí

| Edição 190, Julho 2022

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AMBIENTE DE MILICOS

A piauí não poderia prever mais um conjunto de assassinatos de defensores da floresta, com o desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips, emblematicamente acontecido no dia em que se deveria comemorar o meio ambiente. Na edição corrente não faltarão reportagens sobre o assunto, mas foi significativo Natalia Viana demonstrar o mito da competência militar (O mito do mito, piauí_189, junho), novamente vindo à tona pela forma como o crime em Atalaia do Norte (AM) foi tratado pelos fardados. A expressão “inteligência militar” é uma contradição per se, mas ainda usada fora de textos de ficção, não entendo o porquê. Nessa toada, não é à toa que as “forças desalmadas” são uma das incógnitas na consagração do golpe em curso, avaliadas em parte no capítulo do livro do professor Marcos Nobre (O hacker do sistema político, na mesma edição da piauí). Ali, a ênfase foi o enfrentamento digital, verbal e miliciano, mas creio que a obra completa do filósofo tratará de outras ações e omissões ao longo desses anos. Por fim, agradeço à deferência, mas cabe ressaltar que a “Nota contrita e intrigada da Redação” na seção Cartas de junho revela que minha missiva de abril sequer foi lida, pois o comentário piscoso lá contido era por ser referente a peixes, nada de figura de linguagem ou qualquer outra alegoria sintática. Piauí é “rio dos peixes” em tupi e foi a isso que me referia em relação à má transliteração para o alfabeto cirílico do nome da revista na capa da piauí_187, abril.

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Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz

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