No dia 11 de julho de 1973, Ricardo Trajano viajava no voo 820 da Varig, rumo a Paris, quando percebeu uma fumaça fina e branca que vinha dos fundos, próxima aos banheiros. Numa atitude instintiva, ele levantou-se da poltrona 27-F, onde estava, perto da janela, e resolveu ir para a frente da aeronave. Um comissário o mandou retornar ao seu assento e colocar o cinto de segurança. Mas ele ignorou a orientação. Minutos depois, o avião espatifou-se sobre uma plantação nos arredores do Aeroporto de Orly – e Trajano foi o único passageiro sobrevivente.
Cinquenta anos depois, em Belo Horizonte, Pedro Tavares, da piauí, acompanhou Trajano durante todo o dia 11 de julho, quando se completou meio século do acidente. Embora seu aniversário seja em 27 de março, o 11 de julho é o dia de seu renascimento. À noite, Trajano, a mulher e as duas filhas se reuniram para um jantar de comemoração. “A vida passou a ser para mim um presente cheio de propósitos e significados. Agradeço por mais um dia”, disse ele.
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