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O sucesso das candidaturas policialescas nas eleições municipais

Amanda Gorziza, Lianne Ceará, Marcos Amorozo, Hellen Guimarães e Renata Buono | 18 nov 2020_09h55
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Em tempos bolsonaristas, as candidaturas de profissionais de segurança pública crescem pelo país. Nessa eleição, havia 8.422 candidatos vindos das polícias e das Forças Armadas: 527 candidatos disputando o Executivo e 7.895 buscando vaga no Legislativo. Foram eleitos 50 prefeitos – 9,5% do total – e 809 vereadores – 10,2% do total. Ou seja, em média, a cada 10 candidatos policialescos, um foi eleito, mostram os dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral. Esse cálculo foi feito levando em conta candidatos que declararam como profissão bombeiro militar, membro das Forças Armadas, militar reformado, policial civil ou policial militar, ou que usaram na urna nome de cunho militar.

Como mostrou o Anuário de Segurança Pública, a proporção de profissionais de segurança pública eleitos triplicou de 2010 a 2018 – policiais e membros das Forças Armadas, ativos e inativos, totalizavam 5.605.466 pessoas, ou 3,8% do eleitorado nacional em 2018. Essa já era uma tendência que se intensificou ainda mais nesta eleição. Agora, em vez de se concentrar nos partidos da extrema direita, se espalha em diferentes partidos.

O percentual de 10% de candidaturas vitoriosas é alto para esta carreira. O índice não é semelhante em todos os estados. No Mato Grosso, 21,5% do total de policiais candidatos a vereadores foram eleitos – ou seja, a cada 5 candidatos policiais a vereador, um conseguiu se eleger. Já no Amazonas, apenas 3,4% dos policiais candidatos a vereador foram eleitos.

Fonte: Dados do Tribunal Superior Eleitoral tabulados pela empresa ASK-AR a pedido da piauí

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