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Os passatempos de Margaret Thatcher

Ao longo do século XX, consolidou-se na Inglaterra a reputação de seriedade de um alentado livro de referência, o Who’s Who (Quem é quem) que listava milhares de curtas biografias e endereços das pessoas selecionadas pelos editores da publicação como as mais destacadas em áreas como política, magistratura, ciências, artes, literatura ou nas carreiras militar e eclesiástica.

| 05 fev 2013_16h29
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Ao longo do século XX, consolidou-se na Inglaterra a reputação de seriedade de um alentado livro de referência, o (Quem é quem) que listava milhares de curtas biografias e endereços das pessoas selecionadas pelos editores da publicação como as mais destacadas em áreas como política, magistratura, ciências, artes, literatura ou nas carreiras militar e eclesiástica.

Fundado em 1897, o logo adquiriu grande prestigio como utensílio indispensável, atualizado e ampliado a cada ano com a exclusão dos falecidos e a adição de novos nomes meritórios.

Em menos de duas décadas, ser chamado para preencher um formulário com os dados necessários para sua futura inclusão no passou a ser visto pelos ingleses como comprovação indiscutível de sucesso profissional e posição proeminente na sociedade.

A nova biografia de James Joyce, de Gordon Bowker, publicada em 2012, confirma que o grande escritor irlandês, então pouco conhecido, ficou surpreso e extremamente lisonjeado com o convite recebido em 1917, para integrar o rol de grandes britânicos vivos que já representava nessa altura o .

Alguns critérios objetivos também norteavam os organizadores do livro em sua decisão de inclusão: quem ocupasse determinados cargos ou fosse eleito membro de alguma das sociedades reais de artes ou ciências, recebia automaticamente um formulário. Esperava-se que este fosse preenchido pelo escolhido com seus dados básicos, um resumo da carreira e até mesmo a menção de seus hobbies. O mesmo ocorria de imediato com todos aqueles que eram eleitos para o parlamento britânico.

Recém-eleita deputada em 1960, a jovem Margaret Hilda Thatcher, com 35 anos incompletos, não foi exceção. Recebeu pelo correio o formulário mostrado nesta página e o preencheu a mão com seus dados de filiação e estudos, assim como de sua então incipiente carreira política.

Mas é no item intitulado “Recreations” (ou “passatempos”) que a jovem Thatcher dá a resposta mais espontânea, e que hoje talvez faça sorrir os que a conhecem apenas como a “Dama de Ferro” do Império Britânico, que conduziu uma política conservadora enérgica de 1979 a 1990. Nesse item, Thatcher menciona como suas ocupações de lazer, apenas “ouvir música e cozinhar”.

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