Thiago Pereira precisou de acompanhamento psicológico para conquistar uma medalha olímpica e para voltar a nadar após se aposentar Foto: Arquivo pessoal
Tomada de fôlego
A preservação mental do atleta entre uma olimpíada e outra – e depois de todas
A notícia verbalizada no microfone carregava o tom de uma grande celebração: Thiago Pereira, medalhista olímpico, voltou a entrar em uma piscina. A voz empolgada diante de uma plateia de nadadores mirins é da mãe dele, Rose Vilela, num evento em São Paulo, no Parque Villa Lobos, durante os Jogos Olímpicos de Paris, em agosto.
Para Vilela, não se tratava de um acontecimento banal. Desde que Pereira se aposentou, em 2017, aos 31 anos (hoje tem 38), ele nunca mais havia encarado uma piscina, algo que deixava a mãe triste. “Foram tantos anos nadando… Acho que agora é como uma terapia. Ele voltou a nadar e eu senti que ele ficou bem melhor”, disse Vilela à piauí logo após o anúncio.
Pereira tenta controlar as expectativas em torno da novidade compartilhada pela mãe. Ele diz que voltou a praticar a natação como uma atividade física, depois de um período de reflexão sobre a trajetória como atleta de alta performance e da fase em que esteve bem perto de desistir. A lembrança da rotina exaustiva dos treinos que encarou diariamente ao longo de duas décadas, a pressão e a exaustão mental o afastaram do esporte que quase levou sua mente a padecer.
“Eu quis parar de nadar em 2011. Eu só batia em quarto lugar por causa da [falta] de treinamento mental. Mas em 2012 eu consegui a minha medalha de prata”, conta o nadador à piauí, ao relembrar o pódio olímpico nos Jogos de Londres.
Segundo colocado na prova dos 400 metros nado medley, Pereira buscou ajuda psicológica para chegar pronto em Londres. Acostumado a vencer em Pan-Americanos, com 23 medalhas ao longo das edições de Santo Domingo, 2003; Rio de Janeiro, 2007; Guadalajara. 2011 e Toronto, 2015, faltava uma conquista olímpica para colocá-lo de vez no panteão dos grandes atletas. E ela não veio até que a mente estivesse serena.
Na tarde em que a reportagem conversou com Pereira, em meados de agosto, ele estava cercado de crianças e adolescentes. Eles vieram de Volta Redonda à capital paulista de ônibus viver um dia de festa na estrutura montada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para aproximar a população do espírito olímpico. O grupo de 45 jovens usa a camiseta do Instituto Thiago Pereira, fundado pelo nadador após aposentar-se com o objetivo de prevenir afogamentos. Ele mesmo, aos 2 anos, quase morreu afogado em um sítio da família, mas foi salvo por um tio.
Nos telões espalhados pela fan fest do COB, Pereira acompanhou os movimentos da ginasta Rebeca Andrade na competição por equipe, em uma performance que posteriormente mostrou-se decisiva para o time feminino levar o inédito bronze na modalidade, um marco histórico para o Brasil. Depois do pódio, Andrade fez questão de agradecer a todos que atuaram nos bastidores, em especial a sua psicóloga, Aline Wolff. A profissional trabalha com a preparação mental de atletas do COB desde 2013 e, anteriormente, já atendia Andrade como preparadora no Flamengo, clube em que a ginasta atua.
Pereira acha positivo o tema ter entrado em definitivo para a agenda de aperfeiçoamento dos atletas. Em 2011, quando ele quis parar de competir, ainda se falava pouco sobre a importância desse acompanhamento. Àquela altura, surgiu a oportunidade de ele entrar para o Projeto Rumo ao Ouro 2016, o PRO 16, fundado por César Cielo com metas ambiciosas de buscar medalhas olímpicas e mundiais. Depois disso, só Cielo conseguiu doze medalhas em Mundiais de Natação, sete delas de ouro, e um bronze nos Jogos de 2012.
Além do treino focado para os nadadores de elite, o diferencial foi a participação de um profissional da psicologia na equipe multidisciplinar, o que aconteceu, diz Pereira, graças ao pedido feito por ele. “Era um processo terapêutico mesmo, de se entender, de entender a pressão, de ir desenhando, mentalizando que eu poderia ganhar. De realmente acreditar que é possível”, conta Pereira, dando detalhes do atendimento especializado que recebeu da psicóloga Carla Di Pierro e do mentor de alta performance Giuliano Milan.
Até então, os efeitos psicológicos de toda essa pressão eram vividos em silêncio. O nadador diz que não se abria com ninguém, e que fingia estar calmo antes de cair na piscina por receio de demonstrar fraqueza – medo comum entre boa parte dos competidores. A mãe de Pereira, que o acompanhou em todas as edições olímpicas, diz que era difícil presenciar o sofrimento silencioso do filho. Num campeonato mundial, em 2011, ela conta que o nadador repetia toda hora que não poderia mais ficar em quarto lugar. Acabou uma das provas em sétimo.
“Foi ali que ele pensou em desistir. E ali também ficou claro que não bastava só treino físico, que a parte mental também precisava de cuidado”, lembra Rose Vilela.
A importância dessa habilidade foi amplamente falada durante e depois dos Jogos em Paris, edição em que o COB levou a maior delegação especializada em saúde mental da sua história. Foram dez psicólogos – cinco deles de confederações – e o psiquiatra Hélio Fádel, que também coordena o núcleo temático do clube de regatas Vasco da Gama/SAF. O feito aconteceu duas décadas depois da estreia de um psicólogo brasileiro numa competição olímpica: em Atenas, 2004, um único profissional acompanhou o time.
“A pandemia e o fato de atletas de renome terem vindo a público falar sobre saúde mental foram importantes para consolidar as ações do COB e das confederações. Não que o problema com atletas seja exatamente uma novidade, mas aquela situação expôs tudo e, quando fica exposto, as entidades entendem que precisam cuidar de verdade”, afirma à piauí Eduardo Cillo, coordenador de psicologia esportiva da entidade. Como os atletas do COB foram acompanhados meses antes do início dos Jogos, o trabalho de preparação de saúde mental não fugia muito da rotina durante os dias de competição. Boa parte dos atendimentos eram feitos na sala exclusiva montada para a equipe no prédio onde ficava o time do Brasil.
“Em Paris, seguimos um trabalho integrado com a equipe do atleta, não era um atendimento isolado. Isso inclui treinador, fisioterapeuta, médico, nutricionista, bioquímico. É sempre uma oportunidade para execução de trabalho multidisciplinar para o benefício do atleta”, comenta o psicólogo.
O psiquiatra Hélio Fádel, tido como um “coringa”, transitava entre as várias categorias de profissionais da delegação e teve o papel de receber demandas mais imediatas, como crises agudas de ansiedade e situações imprevisíveis que pudessem desconcentrar os competidores. “Felizmente, esses casos não aconteceram muito graças ao trabalho de prevenção feito antes dos Jogos. Nós aplicamos uma ferramenta de monitoramento durante o ciclo olímpico que é um questionário de rastreamento de situações de saúde mental. Ele ajuda a antecipar situações para não haver surpresas desagradáveis”, afirma Cillo, citando a estratégia indicada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Outra integrante da equipe é Carla Di Pierro, que já havia trabalhado com atletas individualmente, como Thiago Pereira, acompanha a delegação brasileira desde os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Ela foi a primeira brasileira a concluir, em 2021, um curso de pós-graduação oferecido pelo COI voltado para a saúde mental de atletas de alto rendimento. O objetivo do programa é formar profissionais que conheçam o nível de pressão desse ambiente específico capazes de identificar, diagnosticar, encaminhar e tratar questões.
Di Pierro explica que o sofrimento mental em um atleta de alto rendimento pode vir de todos os lados, como seguidas lesões e a frustração por resultados abaixo do esperado. Entram nessa conta também as exigências físicas da modalidade, os treinos exaustivos e a pressão de empresários e patrocinadores.
Paula Teixeira Fernandes, psicóloga e professora no Departamento de Ciências do Esporte da Faculdade de Educação Física da Universidade de Campinas, diz que a atitude nos Jogos de Tóquio da ginasta norte-americana Simone Biles trouxe uma mudança de paradigma no meio. Naquela ocasião, Biles, uma das candidatas a estrela da competição, abandonou a disputa alegando problemas relacionados à saúde mental. Recuperada, esteve em Paris, onde conquistou três ouros e uma prata. “Colocar a saúde mental em primeiro lugar e tirar um tempo para si cria uma longevidade no esporte, mas também é importante para se ter um estilo de vida melhor e mais saudável. É fundamental colocarmos nossa saúde mental em primeiro lugar, e aí todo o resto vai se encaixar”, disse Biles na entrevista coletiva após a final do solo, em 5 de agosto, quando terminou em 2º lugar.
“O acesso ao psicólogo [via COB] melhorou demais. As pessoas começaram a ver o tema sob uma perspectiva diferente: não como uma fragilidade, mas como potencialidade que pode melhorar o desempenho. Quando a gente melhora como pessoa, a gente melhora o desempenho também”, afirma Fernandes à piauí.
Por outro lado, argumenta a pesquisadora, ainda falta um suporte mais efetivo, contínuo, à maioria dos atletas. Poucas equipes oferecem acompanhamento psicológico, a maioria frequenta sessões de terapia e preparação mental por conta própria, afirma Fernandes. O Pinheiros, clube de Larissa Pimenta e Beatriz Souza, disponibiliza profissionais da área de forma permanente.
Estudos que investigam a saúde mental de atletas de alto rendimento no Brasil ainda são escassos. Pesquisas publicadas por cientistas internacionais apontam que esse grupo que dedica a vida ao esporte sofre de desordens mentais em níveis parecidos com a população em geral. A prevalência de transtorno depressivo, por exemplo, chega a acometer 15% dos atletas alemães e até 68% dos nadadores canadenses de elite, aponta um estudo de 2013.
Uma pesquisa de doutorado conduzida na Unicamp por Alexandre Colagrai, sob supervisão de Fernandes, mostrou que, entre os brasileiros, um dos fatores que mais contribuem para a qualidade da saúde mental é a relação positiva entre atleta e treinador, considerada base do desempenho esportivo. Entre os pontos citados pelos participantes estão “saber conversar”, “ajustar o treino” e dar feedback para o treinador saber como o atleta está se sentindo. Para que tenham a saúde mental protegida, segundo os participantes do estudo, é preciso que atletas e treinadores acertem o tom: puxão de orelha e bronca são aceitos para os que lidam bem com essa estratégia; já conversas mais tranquilas e motivadoras são apontadas como caminho para o equilíbrio mental por outros.
As redes sociais também foram apontadas como um fator de impacto relevante nesse sentido. Há aqueles que só veem aspectos negativos, como pressão extra trazida por seguidores que cobram resultados, comparação com adversários, queda de concentração nos treinos devido ao excesso de uso. Outros atletas ouvidos citaram pontos positivos: fonte de descontração, chances de maior visibilidade e, em consequência, aumento de patrocínio.
Um dia antes de estrear nos Jogos Olímpicos de Paris, a judoca Larissa Pimenta diz ter se sentido um pouco insegura e com muitas dúvidas. Ela lutaria na categoria até 52 kg, a mesma da italiana Odette Giuffrida, atual campeã mundial e com duas medalhas olímpicas no currículo: um bronze, na edição de Tóquio 2021, e uma prata no Rio de Janeiro, em 2016. A brasileira sabia que, para conquistar o primeiro pódio olímpico da carreira, possivelmente teria que enfrentar a italiana.
Pimenta estava confiante, mas receosa. No ano anterior, ela havia passado por uma cirurgia após uma grave lesão no joelho direito, que a tirou do mundial. O baque foi tamanho que ela chegou a pensar que não conseguiria mais competir e duvidou de sua participação na competição em solo parisiense. Foram lembranças que quase comprometeram seu equilíbrio mental em Paris.
A brasileira estreou vencendo Djamila Silva, de Cabo Verde, e derrotou a britânica Chelsie Giles nas oitavas. Nas quartas, veio um revés contra a francesa Amandine Buchard, mas Pimenta se recuperou na repescagem contra a alemã Mascha Ballhaus. Na disputa pelo bronze, encontrou e venceu Giuffrida após a adversária sofrer três punições.
Pimenta acredita que parte do desempenho satisfatório ocorreu após ter conseguido domar as inseguranças mentais. A ajuda veio de sua psicóloga, Marisa Markunas, que trabalha nas categorias de base da seleção brasileira feminina de futebol. A judoca procurou a profissional e, depois de uma sessão remota, pôde voltar às suas origens, à motivação para se tornar atleta de elite do judô e ao sacrifício feito até os Jogos de 2024. “Cheguei naquele dia me sentindo merecedora antes mesmo de pisar no tatame. Acredito que isso foi uma das coisas que mais me deram energia para me expressar”, disse ela à piauí.
A judoca, que desembarcou em São Paulo em 7 de agosto, carregava no peito não apenas a medalha obtida individualmente, mas uma também por equipes mistas, de bronze, feito inédito do judô nacional. Ela deixou o Aeroporto Internacional de Guarulhos rumo ao Esporte Clube Pinheiros, na capital paulista, onde treina desde os 14 anos. Lá, foi recebida num auditório lotado com capacidade para quatrocentas pessoas para uma entrevista coletiva. Apesar do cansaço, ela acenava e mandava beijos para os atletas mirins que chamavam pelo nome dela à frente do palco, sentados no chão ou nas escadas.
Conhecida como “Pimentinha”, a atleta conta que as sessões de terapia forneceram estratégias para acalmar a mente que está sob constante e forte pressão por resultados. E para não desistir. O combate diante da italiana campeã mundial durou 8 minutos e 3 segundos – o tempo regulamentar em um combate de judô na Olimpíada é de 4 minutos.
Companheira de clube e de seleção, a judoca Beatriz Souza, 26 anos, balança a cabeça demonstrando concordância com as observações da colega durante a entrevista. A campeã olímpica na categoria acima de 78 kg, com uma vitória na final contra a israelense Raz Hershko, ostenta a medalha dourada sobre a camisa azul e branca do Pinheiros. O mais difícil na vida do atleta, acredita Souza, é a rotina do preparo físico. O momento da competição é o preferido dela, como “um parque de diversões”.
Ainda assim, Souza ressalta que o acompanhamento psicológico se mostrou eficiente na trajetória rumo à medalha em Paris. “Ninguém precisa lidar com todas as dificuldades sozinha. Tenho sessões de terapia toda semana. Surgem coisas complicadas na cabeça, mas a terapia mostra que às vezes tudo pode ser resolvido de forma simples”, disse Souza, que é saudada com gritos de “Bia, Bia” pela plateia mirim.
Durante os Jogos, cenas de imprevisibilidade no momento da prova, que têm um peso considerável no equilíbrio mental do competidor segundo os competidores, não faltaram. Gabriel Medina caiu na semifinal por falta de ondas para surfar. Ele ficou sentado na prancha nos 20 minutos finais da bateria aguardando uma oportunidade para melhorar as notas, já que o adversário australiano Jack Robinson havia pontuado um pouco melhor logo no começo da prova, que durava 30 minutos. Ainda assim, depois do imprevisto, Medina parece ter mantido a calma e surfou naquele mesmo dia na conquista do bronze.
Embora estivessem a milhares de quilômetros de distância, em Teahupo’o, território francês ultramarino, os seis atletas do surfe também receberam atendimento psicológico, garante Cillo. “Sem dúvida, Medina teve que ser gigante diante daquilo. Ele teve que colocar a cabeça no lugar, voltar e disputar. Ele estava preparado para o ouro.”
Já Izabela da Silva, que representou o Brasil na modalidade lançamento de disco, ficou em 17° e disse ter vivido uma grave crise de ansiedade na véspera de brigar por uma vaga nas finais. Entre os sintomas que comprometeram seu desempenho na competição, ela citou o coração disparado, forte dor de cabeça e ânsia de vômito. “Nunca tinha sentido isso na minha vida. A ansiedade, realmente, me pegou de um jeito muito forte, me dava até ânsia de vômito. Não estava conseguindo comer. Não sei o que aconteceu, simplesmente”, contou ela ao UOL. A atleta disse ainda que recebeu atendimento psicológico com um profissional particular e dos membros do COB, mas que, quando se deitou, não conseguiu dormir.
“A gente trabalha ao longo do período do ciclo olímpico para conscientizar confederações e atletas de que qualquer trabalho em saúde mental precisa de um processo, precisa ser feito em etapas. Se não cuidar de forma adequada ao longo do período de preparação, são grandes as chances de sair da mão na hora da competição, em especial nos Jogos, que tem uma pressão diferente”, pondera Cillo.
Fernandes, que coordena o Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e Neurociência na Unicamp, concorda. “Vai acontecer uma ansiedade. Pode acontecer algo na família do atleta momentos antes, ou o treinador ou juiz cometerem um erro. É preciso proteger, instrumentalizar o atleta para lidar com isso, fazer um treinamento de habilidades psicológicas para controlar o estresse e a ansiedade, fazer o manejo da dificuldade”, comenta.
Como exemplo de técnica de controle, a pesquisadora traz um exemplo da natação. Para alguns atletas, a água entrar nos óculos no começo da prova é um vetor de desequilíbrio. Eles relatam que o ato de nadar “cego”, sem enxergar, desequilibra tanto mentalmente a ponto de comprometer todo o preparo físico. “Se você treinar um atleta para isso, como nadar com uma venda, com o óculos tampado, você prepara o atleta em caso de a situação acontecer”, cita Fernandes.
Até há pouco tempo, dizia-se que uma crise de ansiedade, uma crise nervosa, era para os fracos, afirma Di Pierro. “Era como se essa pessoa não pudesse estar no meio de uma Olimpíada ou numa competição de alto rendimento.” Ela lembra que, na Grécia antiga, onde surgiram os Jogos, acreditava-se que a disputa era protagonizada por heróis, coroados como deuses quando venciam.
A rejeição às questões ligadas à saúde mental vinha inclusive do próprio meio esportivo. Os competidores, quando se viam nessa situação, eram duramente excluídos ou pediam para sair. A psicóloga do COB acredita que muitos atletas foram perdidos no meio do caminho pela falta de apoio à saúde mental. “Histórias como a de Biles abriram portas. Os atletas começaram a se sentir confortáveis para dizer ‘eu não estou bem’, ‘preciso me retirar’, ‘preciso cuidar da minha saúde mental e volto quando eu estiver bem’.”
Os Jogos de Paris mostram que o retorno da alta performance depois da pausa para cuidar da mente é possível. Simone Biles se despediu da capital francesa com três medalhas de ouro e uma de prata. Só perdeu o lugar mais alto do pódio na disputa do solo contra a brasileira Rebeca Andrade.
Assine nossa newsletter
Email inválido!
Toda sexta-feira enviaremos uma seleção de conteúdos em destaque na piauí