Serra abre Simpósio de Trolologia com advertência
UNICAMP – No discurso de abertura do 4º Simpósio Internacional de Trolologia, o ex-governador José Serra fez um apelo dramático aos linguistas, antropólogos, filósofos e folcloristas vindos do mundo todo para estudar o estranho fenômeno. “Vamos deixar de trololó e decidir logo o que é ‘trololó’ e em qual ramo da ciência deve ser enquadrada a trolologia”, disse o candidato tucano. “Do contrário, além de eu ficar sem vice-candidato, não haverá como enfrentar o trololó do governo boliviano e a cocaína dizimará nossa fauna, nossa flora e nossos votos."
Segundo Serra, o trololó ataca com virulência os brasileiros obrigados a acordar antes das 3 da tarde. “Às 8 da manhã, o mundo é um vasto trololó no qual se misturam Evo Morales, Aécio e juros altos”, pontificou. “O azedume e a impaciência entram em combustão, provocando lero-leros e vuvuzelas graves.”
Um grupo de trolológos mineiros protestou na mesma hora contra a interpretação de José Serra. “Ele veio com um trololó sem pé nem cabeça”, disse o representante do grupo, Aécio Câmara Cascudo. “As pesquisas mais recentes indicam que o trololó tem origem em São Paulo, no bairro do Morumbi, e só se manifesta de madrugada. Quem pensa diferente está trelelé.”
Foi quando Dilma Rousseff irrompeu no plenário brandindo dossiês, dançando rebolation e berrando: “Como PhD em Trolologia Aplicada a Sistemas de Espionagem, exijo ser ouvida!”. A palavra só foi concedida à candidata petista quando ela exibiu um velho xerox de sua carteirinha de reitora da École de Hautes Études en Phénoménologie de la Trolologie-en-Soi. Ao subir à tribuna, no entanto, Dilma esqueceu o que ia falar. “Procrastinarei”, limitou-se a dizer, em evidente manifestação de trololismo heterodoxo.
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