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    Foto: Divulgação

pitacos da redação

Nordeste ficção– show de Juliana Linhares

A potiguar volta aos palcos com o show que une tradição e modernidade

| 10 abr 2024_08h00
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Cantora e compositora nascida em Natal (RN), atriz e vocalista da banda Pietá, Juliana Linhares é um exemplo muito bem-acabado de artista que preserva as raízes e cria asas ao mesmo tempo. Suas canções têm cheiro de terra firme, o aconchego do forró, numa voz que honra a tradição das nossas maiores cantoras. Em 2021, a artista lançou o seu primeiro álbum solo, Nordeste ficção, e fez alguns shows pelo Brasil; no fim de 2023, fez uma turnê pela Europa, passando por França, Espanha e Portugal. Neste primeiro semestre, Linhares planeja levar outra vez seu show a diversas cidades brasileiras.

O próprio gesto de conceber um álbum numa época dominada pelo streaming pode ser visto como um ato de coragem. Nordeste ficção tem um conceito muito bem amarrado, em que todas as faixas compõem um conjunto coeso e surpreendente. Juliana não produz música estritamente regional, mas sua voz límpida e forte vem temperada no sotaque e na profusão de ritmos que trazem o Nordeste como guia. No palco, com tiradas de bom humor nos gestos e no figurino descolado e chique, Linhares passa a impressão de alguém que não se leva muito a sério – o que só os muito preparados conseguem dissimular.

Até pouco tempo, Juliana Linhares não era conhecida do grande público, mas sua voz já está no radar de quem assiste tevê: a música Bombinha – uma composição de Carlos Posada incluída no primeiro disco da artista – fez parte da trilha da novela Mar do sertão, e agora a linda canção Balanceiro está no remake da novela Renascer, num recado explícito de quem sabe a que veio, com os versos: “Eu não posso mudar o mundo, mas eu balanço. Eu balanço o mundo.”


Errata: Na versão anterior da newsletter, um elogio feito ao disco de Juliana Linhares, Nordeste Ficção, foi atribuído à cantora Maria Bethânia. A frase – afirmando que Linhares era “sofisticada… uma moçona forte potiguar… que grita para assustar a coragem da inimiga, mas também poetiza os cactos intactos.” – tinha sido publicada em “Maria Bethânia Verde”, uma página de internet paródica em homenagem à cantora. O conteúdo foi removido do site da piauí. Pelo erro, pedimos desculpas.

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