Um país que vai ficando sem ar
Confira o ritmo das 500 mil mortes pela Covid-19 no Brasil
O Brasil chegou neste sábado, dia 19 de junho, à marca de 500 mil mortos na pandemia. Como mensurar uma tragédia que levou meio milhão de vidas? Para tentar traduzir a angústia de um país diante de tantos mortos, a piauí criou o infográfico “O Brasil sem fôlego”. A animação aposta numa abordagem sensorial para mostrar como o Brasil foi sendo asfixiado pela Covid-19 desde março do ano passado. A respiração fica ofegante à medida que as mortes aumentam (é só apertar “play” no vídeo acima).
No infográfico, cada mês tem a duração de cinco segundos. O ritmo da respiração, durante esses segundos, acelera ou diminui proporcionalmente ao número de mortes registradas por mês, no Brasil, segundo os dados do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde). Ao chegar a abril deste ano – momento mais crítico da pandemia até agora, quando morreram 82 mil brasileiros –, a sensação de falta de ar é angustiante.
O Brasil é o segundo país do mundo a perder meio milhão de pessoas para a Covid-19, após dezesseis meses de pandemia. À frente do Brasil, só os Estados Unidos. As mortes em proporção à população, no entanto, são maiores no Brasil: até sexta-feira (18), a cada 1 milhão de brasileiros, morreram 2,3 mil; entre os americanos, a proporção é de 1,8 mil a cada milhão, segundo os dados do site Our World in Data. Não é improvável que, em breve, o Brasil supere os Estados Unidos também em números absolutos, já que os dois países estão em trajetórias opostas. Cada vez menos americanos estão morrendo de Covid-19. O Brasil, enquanto isso, ruma em direção a uma terceira onda da pandemia. Em junho, 1 brasileiro morreu de Covid a cada 44 segundos.
Ficha técnica:
Visualização de dados: Ariel Tonglet e Rodolfo Almeida
Argumento e direção: revista piauí
Fonte: Conass
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