A bordo da cabine do Air Force One, em Dallas, Lyndon Johnson faz o juramento de posse como presidente dos EUA, ao lado da viúva Jacqueline Kennedy, poucas horas depois do assassinato de John Kennedy, cujo corpo estava no avião FOTO: CECIL STOUGHTON_1963_LBJ LIBRARY
A transição
Lyndon Johnson e o dia do assassinato de John Kennedy
Robert A. Caro | Edição 74, Novembro 2012
O dia 22 de novembro de 1963, uma sexta-feira, começou para Lyndon Baines Johnson em Fort Worth com a manchete que ele viu na primeira página do Dallas Morning News: “ YARBOROUGH ESNOBA LBJ.”
Johnson, que acompanhava John Kennedy numa viagem pelo Texas, recebera uma missão que o presidente considerava vital: como seria necessária uma frente democrata unificada para vencer as eleições presidenciais de 1964 no estado, o vice-presidente tinha sido indicado para pôr fim à rixa no Partido Democrata entre o governador John B. Connally, ex-assessor de Johnson no Senado, e o senador Ralph Yarborough, líder da ala liberal da legenda. Na véspera, porém, Yarborough tinha se recusado a entrar no mesmo carro que Johnson. Convocado para acompanhar o vice-presidente num cortejo presidencial em San Antonio, o senador tinha preferido embarcar em outro veículo. No desfile de automóveis repletos de gente que seguiam a limusine do presidente, Johnson e sua mulher, Lady Bird, estavam conspicuamente sós no banco traseiro de seu conversível.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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