Helena Rubinstein e Portinari
A mulher que parece olhar o fotógrafo de cima mede na verdade menos de 1,50m e nasceu pobre, na Polônia, em 1872. Aos vinte anos, mudou-se com sua família para a Austrália.
O retrato reproduzido nesta página mostra uma senhora elegante, carregada de joias, posando de pé diante de antiguidades, quadros e móveis antigos de sua coleção, no hall de entrada de seu imponente apartamento em Nova York.
A mulher que parece olhar o fotógrafo de cima mede, na verdade, menos de 1,50m e nasceu pobre, na Polônia, em 1872. Aos vinte anos, mudou-se com sua família para a Austrália.
Ficou famosa no mundo inteiro com o mesmo nome com o qual batizou sua companhia: Helena Rubinstein.
Primeira grande magnata dos cosméticos, Helena tornou-se uma das mulheres mais ricas do mundo graças inicialmente a cremes de rosto que sua mãe lhe ensinava a fabricar a partir de pomadas.
Notável mulher de negócios, Helena começou vendendo os cremes para vizinhas e em algumas décadas seu império abraçou o mundo.
Seus produtos vinham com os dizeres “Helena Rubinstein, Paris, Londres, Roma, Nova Iorque”, capitais nas quais mantinha lojas. Por muitos anos, entre diplomatas que desejavam servir em postos no primeiro mundo, este roteiro tornou-se jocosamente conhecido como “Circuito Helena Rubinstein”.
Diminuta e sem nenhuma beleza especial, Helena Rubinstein valorizava-se ao máximo, como mostra esta foto de autoria de Alfredo Valente.
Grande colecionadora de arte, Helena Rubinstein protegeu a carreira inicial de Candido Portinari, cuja obra admirava. Comprou vários de seus melhores quadros do final dos anos 1930 e do início da década de 1940. Em 1939 Portinari pintou também seu retrato.
Nesta foto, com dedicatória para uma admiradora, Helena posa em frente ao quadro de Portinari “Meninas soltando balões”, pintado em 1940. A obra se encontra hoje no Museu Castro Maya, no Rio de Janeiro, e é também reproduzida nesta página.
Helena viveu seis décadas rodeada de todos os luxos que seu trabalho árduo lhe havia permitido usufruir e morreu aos 93 anos, em 1965. Dois anos mais tarde, em 1967, sua coleção foi vendida, e o mecenas carioca Raymundo de Castro Maya adquiriu nessa ocasião o belíssimo óleo sobre tela que o público pode admirar em seu museu há quase 50 anos.
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