minha conta a revista fazer logout faça seu login assinaturas a revista
piauí jogos

questões manuscritas

O ingresso para a final da Suécia

No momento em que o Brasil alimenta a fundada esperança de vencer pela sexta vez a Copa do Mundo de Futebol e tornar-se assim o primeiro país a conseguir tal feito, a pequena peça reproduzida nesta página evoca tempos muito mais modestos, há quase 56 anos, quando o Brasil conquistou a primeira vitória mundial.

| 21 maio 2014_15h36
A+ A- A

No momento em que o Brasil alimenta a fundada esperança de vencer pela sexta vez a Copa do Mundo de Futebol e tornar-se assim o primeiro país a conseguir tal feito, a pequena peça reproduzida nesta página evoca tempos muito mais modestos, há quase 56 anos, quando o Brasil conquistou a primeira vitória mundial.

Foi na Copa do Mundo da Suécia, em 29 de junho de 1958, diante de mais de 50 mil pessoas que lotavam o Estádio Råsunda.  A Suécia marcou primeiro e o Brasil inteiro segurou o fôlego durante toda a partida até a vitória final, insofismável, por 5 a 2.

O escrete (como se dizia até pouco) tornou-se lendário e muito dos nomes são ainda familiares hoje, mesmo a brasileiros de gerações nascidas muito depois do jogo.

Logo após a partida, um torcedor brasileiro que havia ido à Suécia teve acesso a algum local onde estavam reunidos todos os jogadores (talvez o vestiário?). Obteve assim deles que assinassem seu ingresso para a final que acabava de assistir. Nada mais se sabe sobre as circunstâncias do acontecido, senão aquilo que a leitura do ingresso permite conferir.

O brasileiro estava na seção B, fila 22, lugar 1065 e havia pago 50 coroas pelo ingresso. Valeu o investimento: não apenas assistiu à primeira conquista de uma copa do mundo pelo Brasil, como teve um breve encontro com todos os jogadores que assinam a frente do ingresso (o verso traz uma propaganda do chocolate sobre a qual ninguém assinou).  O desfile de nomes é impressionante : o capitão Bellini, naturalmente, Vavá, Djalma Santos, Nilton Santos, Garrincha, Didi, Gilmar, o goleiro Castilho e o jovem Pelé, que não havia anda completado 18 anos e que assina no canto inferior direito. O técnico Vicente Feola e outros membros da delegação brasileira, inclusive da equipe médica, também assinam, o que torna precioso esse pequeno memento de um grande momento, que solidificou a paixão nacional pelo futebol, que terá talvez, em 2014, uma confirmação definitiva.  

Assine nossa newsletter

Toda sexta-feira enviaremos uma seleção de conteúdos em destaque na piauí