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Vendendo Wall Street

O documento reproduzido nesta página é datado de Nova York, em 22 de maio de 1670. Trata-se do papel oficial da venda de um trecho da atual Wall Street.

| 09 out 2013_11h26
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O documento reproduzido nesta página é datado  de Nova York, em 22 de maio de 1670. Trata-se do papel oficial da venda de um trecho da atual  Wall Street.

Apenas seis anos antes dessa data a cidade ainda se chamava Nova Amsterdã, quando o governador holandês Peter Stuyvesant teve que entregá-la em 1664 à esquadra inglesa que a ameaçava desde o porto.

Os ingleses rebatizaram a cidade de Nova York em homenagem ao duque de York, futuro rei James II, que organizara a expedição.

A ilha de Manhattan havia sido comprada dos índios Algonquinos pelos holandeses quarenta anos mais cedo, em troca de alguns copos de vidro pintado.

O documento é assinado por Nicolas Bayard, o Secretário da Província de Nova Iorque, e pelo vendedor, o comerciante holandês Johannes de Peyster, tido como um dos homens mais ricos da cidade.

O comprador é Christoffel Amy. O preço não é especificado: “uma certa quantia de dinheiro” e a área é definida como: “um certo lote de terreno dentro da cidade, no lado Sul da rua conhecida Cingol, tendo a Leste e no Sul os lotes pertencentes a Garnet Loockermans, a Oeste a casa e o lote de Arien Dircksen”. Em seguida, o documento dá as medidas do lote, uma superfície que corresponde hoje a vários quarteirões da famosa Wall Street, na parte rebatizada hoje de Hanover Street, onde estão as sedes das principais companhias financeiras do mundo.

O lote vendido por este documento, há quase 350 anos, valeria hoje uma boa parte da fortuna atual de Bill Gates.

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