Um texto bestial e dois erros
| Edição 152, Maio 2019
ÁGUAS DE MARÇO
Foi inevitável a vontade de escrever à redação após ler a piauí_150, março. O belo ensaio de Lorenzo Mammì (“Duas meninas”) reconstruindo a história das garotas tão conhecidas de Renoir, com um destino trágico que poucos sabem; a necessária denúncia de Andrew Sullivan (“A Igreja gay”) sobre como a homofobia não pode ser justificada como forma de luta contra os crimes de abuso sexual na Igreja Católica. Fabio Victor (“História, volver”), Celso Rocha de Barros (“A queda”) e Alejandro Chacoff (“O futuro chegou”) que não nos deixam esquecer o momento em que vivemos e, por fim, o excelente trabalho de Allan de Abreu sobre um dos mais indigestos crimes políticos recentes (“A metástase”). Foi bela a homenagem de tornar esse texto público e de livre acesso no site da revista, pois é necessário conhecer a história do câncer das milícias no Rio.
Quando me peguei na dúvida sobre o que comentar da revista, e fui buscar o número da edição, foi que percebi o número 150. Sem alardes de uma comemoração, como aconteceu na edição 100, fiquei pensando neste silêncio no lugar da festividade. No momento, celebrar parece um contrassenso, a Terra plana e seus atores quase nos tiram as forças. Mas fiquei feliz por vocês celebrarem da melhor forma: uma edição histórica, com justiça.
TIAGO MARIN_ SÃO PAULO/SP
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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