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Na Câmara, só treze deputados aumentaram gastos com cota parlamentar em 2020

Luigi Mazza e Renata Buono | 22 dez 2020_10h10
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Dentre os muitos efeitos que a pandemia teve sobre o Congresso em 2020, um foi bastante claro: os gastos com cota parlamentar caíram significativamente. O dinheiro usado para custear atividades de deputados e senadores encolheu de R$ 233 milhões, em 2019, para R$ 149 milhões este ano, até a segunda semana de dezembro. Mas alguns poucos parlamentares nadaram contra a corrente. Dos 501 deputados que atualmente exercem mandato na Câmara, treze conseguiram gastar mais dinheiro em 2020 do que no ano passado.

A lista inclui quatro deputados do PSL: Nelson Barbudo, Bia Kicis, Felício Laterça e Enéias Reis. Os demais se dividem entre sete partidos (PL, Podemos, PDT, DEM, PV, PP e Solidariedade). Juntos, esses treze deputados somaram gastos de R$ 4,4 milhões com cota parlamentar desde janeiro. Em 2019, eles gastaram, juntos, R$ 3,9 milhões. A comparação ano a ano não leva em conta os deputados que assumiram o mandato só em 2020.

Em setembro, a piauí revelou que a deputada Bia Kicis (PSL-DF) usou a cota parlamentar para contratar uma empresa chamada Locar 1000, que está no nome da esposa e da filha de um assessor do presidente Jair Bolsonaro. Até setembro, Kicis tinha pago R$ 62,5 mil em contratos para alugar carros na empresa. O comportamento é o mesmo de outros deputados do PSL. De janeiro de 2019 a setembro de 2020, um grupo de nove deputados – a maior parte deles do PSL – declarou gastos de R$ 329 mil na Locar 1000.

Fonte: Dados abertos da Câmara dos Deputados.

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