Na pandemia, desligamentos por morte de recepcionistas da área da saúde cresceram mais que os de médicos

Além dos médicos e enfermeiros, a linha de frente de combate à Covid se estende a muitos outros profissionais – seguranças, porteiros, motoristas de ambulâncias e recepcionistas que todos os dias se expõem ao risco de serem contaminados pela doença. Os dados do Caged, do Ministério da Economia, mostram que entre recepcionistas da área da saúde, por exemplo, a média mensal de desligamentos por morte cresceu mais que entre médicos.

Entre os recepcionistas a média mensal aumentou 74% com relação ao período anterior à pandemia, de janeiro de 2015 a março de 2020. Já o número dos médicos cresceu 66%.  Para cada dez médicos que morriam antes da pandemia, passaram a morrer 16,6; entre os recepcionistas do setor de saúde, a cada dez que morriam antes da pandemia, passaram a morrer 17,4.

O contato destes profissionais com os pacientes é inevitável e, assim como os que têm contato direto com os contaminados, os protocolos sanitários para impedir a propagação do vírus no ambiente hospitalar também devem ser seguidos.

Fonte: Dados do Caged (Ministério da Economia) compilados pelo Pindograma

Lianne Ceará

Jornalista e autora de Memórias Interrompidas: testemunhos do sertão que virou mar. Foi estagiária de jornalismo na piauí e também já contribuiu com Universa Uol, G1 Ceará e Diário do Nordeste.

Daniel T. Ferreira

É editor-chefe do Pindograma, site de jornalismo de dados, e estudante de História na Universidade de Stanford.

Renata Buono

É designer e diretora do estúdio BuonoDisegno