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    Bolsonaro cumprimenta o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior - FOTO: ALAN SANTOS/PR

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A simbiose entre uma entrevista e uma live

André Petry | 09 jul 2021_20h54
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O jornal O Globo da sexta-feira, 9 de julho, publicou uma entrevista em que o comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, procura explicar a dura nota contra o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Pandemia, que afirmara há anos não testemunhar “membros do lado podre” das Forças Armadas “envolvidos com falcatrua dentro do governo”. Sentindo-se ofendidas com a declaração, as quatro autoridades militares – o ministro da Defesa, mais os comandantes das três forças – divulgaram a nota afirmando que “não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.  Interessada em saber o que estava nas entrelinhas da nota, a jornalista Tânia Monteiro fez dezesseis perguntas ao comandante da Aeronáutica. Em suas respostas, ele disse que as Forças Armadas foram atacadas como um todo, ainda que o senador tenha falado em “lado podre”, e defendeu as instituições, a democracia, o respeito, a ponderação das autoridades. Eram recados, nem tão cifrados, endereçados ao Congresso, à oposição. Disse coisas como:

“Cada instituição do país tem a obrigação de se preocupar com a democracia e o respeito às instituições.”

“Todas as instituições são responsáveis. Estou falando da instituição Parlamento brasileiro, da Presidência, dos tribunais, do STF, da imprensa. Tem instituições que ainda não entenderam isso.”

“Nós somos autoridades. O comportamento de cada um de nós, das autoridades, exige ponderação e entendimento do todo. E essa disputa política do país é normal, mas sinto ser em tão baixo nível, em nível muito raso.”

“Precisamos de maturidade e reflexão de todos.”

No mesmo dia em que a entrevista foi concedida, Bolsonaro fez sua live das quintas-feiras. Referindo-se à carta em que a CPI da Pandemia pede que se manifeste sobre as suspeitas de corrupção na vacina, disse que não responderia nada e esclareceu:

– Caguei.

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