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Para cada logradouro homenageando Olga Benário, dois lembram Filinto Müller, chefe da polícia política de Vargas

Lianne Ceará, Daniel T. Ferreira e Renata Buono | 24 set 2021_10h42
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Filinto Müller, que tem 58 endereços em sua homenagem, foi um militar e político que integrou o movimento que pôs fim à República Velha e colocou Getúlio Vargas no poder. Em 1935 ergueu acusações contra a Aliança Nacional Libertadora (ANL) que, segundo ele, era uma organização comunista. Durante o período de repressão de Vargas, Müller esteve à frente da chefia da polícia política, comandando perseguições, torturas e deportações, inclusive a da militante alemã Olga Benário. 

Mesmo com este histórico, o militar recebe o dobro de homenagens que Olga Benário – tem apenas 28 endereços com seu nome. Olga era judia, filiada ao Partido Comunista em Moscou e mulher de Luis Carlos Prestes, também perseguido pelo governo de Vargas e líder da ANL. A militante foi presa e torturada pelo governo de Vargas; logo após a prisão, declarou que estava grávida e foi deportada para a Alemanha nazista, onde teve sua filha mas, em seguida, morreu numa câmara de gás.

Fonte: Pindograma, com dados do IBGE.

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