Genoino, no escritório de sua casa, onde uma imagem de Nossa Senhora Aparecida convive com um busto de Karl Marx: “Ele foi escolhido como bode expiatório da esquerda”, diz Tarso Genro CRÉDITO: EGBERTO NOGUEIRA_ÍMÃ FOTOGALERIA_2022
“Lula quer harmonia. Eu quero conflito”
Depois da temporada no inferno – com prisão e insultos nas ruas –, José Genoino volta à vida política mais socialista do que antes
Na edição de novembro da piauí, o repórter Luigi Mazza faz o perfil de José Genoino, ex-presidente do PT. Nascido no interior do Ceará, preso e torturado na ditadura, Genoino foi uma das figuras mais proeminentes do primeiro governo Lula. Até que tudo desabou sobre sua cabeça. Foi condenado no Mensalão, preso em 2013 e passou por anos de humilhação pública. Solto em 2015, enfurnou-se dentro de casa, em São Paulo. Convivia com algum grau de depressão. Nunca mais falou com a imprensa. “Quando eu saí da prisão na ditadura, em 1977, eu ficava assustado quando via um carro de polícia. Quando saí da prisão em 2015, ficava assustado quando via um carro de televisão.”
A temporada no inferno mudou Genoino. Agora, depois de anos isolado, o ex-deputado tem retomado aos poucos a vida pública. Mas voltou muito mais radical do antes. “Cheguei à seguinte conclusão: o capitalismo não me cabe. Quero ser um rebelde desse sistema.” O petista militou ativamente pela eleição de Lula. Nas conversas que tem com o presidente eleito, Genoino costuma dizer: “A gente precisa chegar para a burguesia e dizer: ‘Vocês arrebentaram com a gente e levaram o país à catástrofe. Qual a cota de sacrifício que vão dar?’” Segundo ele, “ou a gente organiza e mobiliza uma resistência popular, enfrentando, pressionando a burguesia, ou não vamos mudar esse país.”
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