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    O público participa da sétima edição do Festival piauí de Jornalismo Foto: Marcelo Saraiva

festival piauí de jornalismo

Na plateia, reflexão e curiosidade sobre as formas de fazer jornalismo

Cerca de 300 pessoas acompanharam evento da revista na Cinemateca Brasileira

| 04 dez 2022_15h18
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O jornalista André Martins, de 26 anos, gosta de poucas coisas: futebol, novelas, jornalismo e revista piauí. Sabendo disso, no aniversário de três anos de casamento, a esposa decidiu presenteá-lo com um ingresso para o Festival piauí de Jornalismo, que está acontecendo neste fim de semana na Cinemateca Brasileira. Repórter de uma revista em São Paulo, ele chegou ao evento na manhã deste domingo ansioso pela apresentação ao vivo do Foro de Teresina, marcada para o meio-dia.

Além de Martins, outras cerca de 300 pessoas acompanharam o festival pelo auditório principal ou pelo telão instalado na sala vizinha. Jornalistas e estudantes, além de profissionais de outras áreas, se juntaram para assistir às mesas da sétima edição do festival, que neste ano debate a credibilidade da imprensa numa época em que a mentira se disfarça de notícia.

“No dia-a-dia da redação, nós, jornalistas, vivemos a angústia de ser constantemente confrontados por fake news. No meio da correria, sobra pouco tempo para refletir sobre as formas de lidar com o problema. Os debates promovidos pela piauí chegam para nos ajudar nisso”, disse o jornalista Arthur Menicucci, de 30 anos, que escreve para o portal G1 em Campinas. No sábado (3), a participação do americano Nicholas Johnston, publisher do Axios, ajudou Menicucci a ponderar acerca das necessidades do leitor brasileiro. “Ele reforça algo que um bom jornalista deve ter sempre em mente: informação tem que ser apresentada de maneira simples e direta, sem muitas voltas, para ajudar as pessoas a tomarem conhecimento do que acontece ao seu redor.”

O primeiro dia de evento, no sábado (3), terminou com as jornalistas brasileiras Dorrit Harazim entrevistando a repórter ucraniana Anna Babinets — uma inspiração, nas palavras de Juliana Dal Piva, de 36 anos, colunista do UOL. “Ainda hoje, é difícil ver uma correspondente de guerra mulher como a Babinets. Foi inspirador ouvi-la”, analisou Dal Piva. “A programação do festival uniu duas discussões importantes para o jornalismo de hoje: a qualidade da informação que produzimos e novos modelos de financiamento.”

O empresário Luiz Eduardo Dias, de 56 anos, veio ao Festival celebrar o jornalismo profissional. “A piauí tem sido para mim um caminho de aprofundamento na realidade, de mergulho no Brasil”, afirmou. “As coisas estão muito difíceis, a informação de qualidade nos dá lucidez para lidar com os desafios dos tempos. E o trabalho dos jornalistas convidados para participar do festival mostra que o jornalismo tradicional tem que ser valorizado, preservado, para o bem de todos nós.”

Dias comprou os ingressos interessado na programação do evento, mas também porque queria conhecer os repórteres da piauí e os de outros veículos convidados para participar dos debates. Entre uma mesa e outra, todos se encontravam nos corredores e nas áreas de convivência da Cinemateca.

A arquiteta Estela Almeida, de 34 anos, saiu de casa torcendo para conseguir encontrar os apresentadores do Foro de Teresina. “Acompanho o podcast há anos, toda semana estou com as vozes deles no fone de ouvido. Assistir tudo isso ao vivo é uma oportunidade única”, diz ela. “Viver um dia como esse, cercada de gente interessada em informações de qualidade, deixa a gente mais inteligente. Desperta a curiosidade.”

Os participantes também comentaram o festival nas redes sociais, com a hashtag #festpiaui2022

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