CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2023
O curador de peixes
Um biólogo paraibano na linha de frente da pesquisa marinha
João Batista Jr. | Edição 198, Março 2023
Entre novembro e dezembro do ano passado, o paraibano Luiz Rocha, de 49 anos, deixou a sua casa em São Francisco, nos Estados Unidos, para realizar duas expedições. Na primeira delas, viajou até o Arquipélago das Maldivas, conjunto de 1 196 ilhas no Oceano Índico. Na sequência, visitou o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no Sul da Bahia, considerado o maior santuário de vida marinha do Brasil. São destinos perfeitos para quem pratica o mergulho. Mas as viagens de Rocha não foram recreativas: ele é um ictiologista, biólogo especializado em peixes. Viaja para pesquisar – e preservar – a vida marinha.
A excursão científica nas Maldivas fazia parte de um projeto, coordenado por Rocha, de estudo da vida nos recifes mesofóticos – aqueles que são formados por corais, esponjas e algas que vivem entre 30 e 150 metros abaixo do nível do mar e não dependem de muita luz. O interesse de Rocha concentra-se nos peixes que habitam esses recifes – animais arredios, que se assustam com o barulho de motor e com as luzes dos aparelhos submarinos necessários para pesquisas em grandes profundidades. Ele recorre então ao chamado “mergulho técnico”, realizado com um equipamento especial que recicla a respiração do mergulhador depois de excluir o gás carbônico.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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