CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2023
A marca da preguiça
Fósseis sugerem que a humanidade chegou mais cedo às Américas
Bernardo Esteves | Edição 200, Maio 2023
Como tem feito praticamente todos os verões nos últimos doze anos, o paleontólogo uruguaio Richard Fariña passou duas semanas, em fevereiro deste ano, escavando o sítio do Arroyo del Vizcaíno, nos arredores do município de Sauce, quase 40 km ao Norte de Montevidéu, no Uruguai. Milhares de fósseis de grandes mamíferos extintos já apareceram ali desde 1997, quando os primeiros ossos vieram à tona em consequência de uma grande seca.
O sítio paleontológico fica embaixo do riacho (ou arroio) que lhe dá nome. A cada temporada, os pesquisadores precisam construir uma pequena barragem e desviar o curso do riacho, para que possam enfim abrir a escavação. Neste ano, eles eram aproximadamente quinze, entre colaboradores e alunos de Fariña na Universidade da República. Ficaram acampados nas imediações do sítio, e o paleontólogo era quem cozinhava para o grupo.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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