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    Os destroços do vandalismo: nos bastidores, mensagens de um general via WhatsApp retratam a cumplicidade do Exército com os arruaceiros bolsonaristas – um Exército que chegou a apontar seus blindados contra PMs na noite de 9 de janeiro Crédito: ANDRESSA ANHOLETE_GETTY IMAGES_2023

anais da intentona

A teia do golpe de 8 de janeiro

Como políticos, militares e policiais se juntaram para golpear a democracia no Brasil

Ana Clara Costa | Edição 201, Junho 2023

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Um telão fora instalado na biblioteca do Palácio da Alvorada no dia 29 de outubro do ano passado. No dia seguinte, a partir das 17 horas, começou a se projetar ali a apuração de votos do segundo turno pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sentado numa poltrona de couro modelo Barcelona, do arquiteto alemão naturalizado norte-americano Mies van der Rohe, Jair Bolsonaro tomava nota das oscilações na contagem. A cada atualização do gráfico em que seu desempenho recuava e o de Lula avançava, Bolsonaro escrevia o número numa folha branca – e franzia a testa.

– Tá vendo! Tá vendo! Eu falei! Isso aí é golpe!

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