CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2023
A estátua andarilha
Como John Lennon foi parar em Brasília
devana babu | Edição 208, Janeiro 2024
Todos os dias, milhares de pessoas transitam pelas imediações do Restaurante Universitário da Universidade de Brasília (UnB). Estudantes, professores, funcionários e visitantes circulam entre vendedores ambulantes de artesanato, tabaco, doces, roupas e livros usados, quase sempre sem notar um ilustre habitante de bronze que parece caminhar por ali. Acanhado entre as árvores de um gramado elevado, ele fita o horizonte com um olhar sonhador sob os cabelos longos. A maioria dos passantes ignora se tratar de uma estátua representando John Lennon, que imaginou um mundo onde não haveria “nada por que matar ou morrer” e foi assassinado a tiros, em 1980.
A estátua criada pela artista Ivna Mendes de Moraes Duvivier perambulou muito antes de encontrar sua pousada em Brasília. “Eu adoro essa ideia de uma estátua andarilha. Ela tem um movimento, com um pé na frente do outro, como quem anda. Então, acho curiosa a sina da estátua”, diz o humorista Gregorio Duvivier, de 37 anos, neto da artista. Em 1995, Gregorio, então com 9 anos, esteve na inauguração do monumento na UnB com a avó, o pai Edgar, a irmã Barbara, o então reitor João Claudio Todorov e uma banda local que animou o evento.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
ASSINE