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    CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2024

esquina

Copa e cozinha

A dupla que alimenta a Seleção Brasileira

Claudio Henrique | Edição 209, Fevereiro 2024

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No futebol, o mal pode ser o que entra e não o que sai da boca do homem. Que o diga o lateral Branco: no jogo em que o Brasil foi eliminado pela Argentina na Copa do Mundo de 1990, na Itália, ele bebeu de uma garrafa oferecida pelos adversários e sentiu-se grogue em campo. Não se sabe se a água foi mesmo “batizada” (a estrela do time rival, Diego Maradona, dizia que sim). Felizmente, a equipe da CBF conta hoje com profissionais para garantir que os jogadores só consumam alimentos e bebidas que propiciem o melhor rendimento. Já foi o tempo em que, nos intervalos das partidas eles bebiam água e chupavam laranjas, agora substituídas por repositores de energia. “Cada jogador tem a sua garrafinha individualizada, com seu nome escrito e um preparo especial de acordo com suas necessidades energéticas e de vitaminas”, explica a médica carioca Andréia Picanço, de 41 anos.

Ela e o chef gaúcho Jaime Maciel, de 67 anos, comandam a zaga que defende a alimentação dos atletas. Se o posto de treinador é incerto – em janeiro, a CBF substituiu Fernando Diniz por Dorival Júnior, a segunda troca depois da Copa de 2022 –, na cozinha da Seleção reina a estabilidade. Formada em medicina esportiva pela USP, com pós-­graduação em nutrologia, Picanço é a titular do cargo de nutróloga há cinco anos. Maciel é veterano: serve os melhores boleiros do país há 28 anos.

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