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    Frames de um vídeo publicado pelo jornalista Guilherme Amado em março de 2022. Nele, celebridades como Seu Jorge, Letícia Sabatella, Paula Burlamaqui e Zezé Polessa unem-se a Caetano Veloso numa discreta cantoria Imagens: Reprodução

réplica

A síndrome da patrulha ideológica

Caetano e o tropicalismo ainda têm muito a dizer ao Brasil

Pedro Varoni | 19 ago 2024_12h18
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Asíndrome caetanista, ensaio do jornalista Luigi Mazza (piauí_212, maio de 2024), discute a dificuldade da esquerda em entender o Brasil atual e criar um novo imaginário para o país, que assiste à ascensão da extrema direita. O apego de parte da esquerda a Caetano e ao tropicalismo criaria uma espécie de muro alienado, blindando a entrada no mundo real.

O ponto de partida da análise do jornalista é um vídeo em que artistas, intelectuais e políticos, confraternizam em Brasília, ao lado de Caetano Veloso, após o Ato pela Terra, show realizado em 2022 pelo artista na capital federal. Para Mazza, essa confraternização é vista pelos seus participantes como um ato de resistência, ainda que simbólica, à barbárie da extrema direita. Mas um pouco de contexto evitaria a superficialidade da análise.

O Ato pela Terra foi idealizado pelo próprio Caetano contra as políticas ambientais do governo Bolsonaro. O grupo que organizou o movimento também se reuniu no Senado e no STF, num claro movimento ativista. É difícil dimensionar a eficácia de um ato como esse, mas não é correto afirmar, como faz Mazza, que tudo continua como dantes. A eleição de Lula meses depois é sinal de alguma mudança. O novo presidente revogou parte dos decretos de Bolsonaro, restituindo o Fundo Amazônia e impedindo a “mineração artesanal”, eufemismo criado no governo anterior para o garimpo ilegal. “O Brasil tem alma, tem mente, tem corpo”, disse Caetano no show, antes de interpretar a canção Força estranha.

Mazza falha em dois pontos principais na sua interpretação. Nem a relação do tropicalismo com a esquerda é um imaginário desconectado do Brasil real, nem a herança político-cultural do movimento constitui águas passadas em velhos moinhos. O tropicalismo ainda é capaz de fornecer base para novas representações de país, diante da demanda premente de coalizões que possam se contrapor ao fascismo.

Para pensar a relação da política com o tropicalismo, em seu sentido atual, é preciso se ater, ao menos, a dois momentos: o próprio surgimento do movimento, no calor dos anos 1960; e o que ocorreu uma década depois, quando emergiu a discussão sobre as patrulhas ideológicas.

A principal referência teórica do texto, o célebre ensaio Cultura e política 1964-1969, de Roberto Schwarz, apontava que o tropicalismo fazia uma estetização das contradições brasileiras. A adesão a símbolos do imperialismo americano, como a Coca-Cola e a guitarra elétrica, era vista como marca de alienação, num momento em que intelectuais e artistas buscavam combater a ditadura com um projeto de conscientização das massas, via principalmente o Centro Popular de Cultura (CPC). O tropicalismo, com letras de teor político (como Soy loco por ti, América, de Gilberto Gil e Capinam, ou a própria canção-manifesto Tropicália, de Caetano) promoveu um deslocamento nas práticas e discursos da esquerda mais ortodoxa. A afirmação da condição mercadológica que envolvia a canção, uma passagem do popular ao pop inspirada na Jovem Guarda e nos Beatles, sem perder a dimensão de resistência política, foi um gesto de assimilação de forças tidas por antagônicas. Era um momento em que as artes, mas de modo muito particular a canção popular, ocupavam espaços simbólicos de expressão política.

Os diálogos da parte musical da Tropicália com diferentes setores culturais, como o cinema novo, as artes plásticas, o teatro e a literatura, ajudam a compor o mosaico. O movimento criou, como se sabe, possibilidades enunciativas, a partir da atualização da ideia da antropofagia de Oswald de Andrade, referência ausente no texto de Mazza. O corte tropicalista se dá, de maneira radical, num deslocamento das três formas históricas de aproximação política com setores populares: o mito da raiz rural imutável e folclórica, a pedagogia de base marxista que via na cultura popular um meio para atingir seus fins e o populismo de direita. Como diz o próprio Caetano, Terra em transe, de Glauber Rocha, foi decisivo para deflagrar o movimento. No filme, o intelectual vivido por Jardel Filho tapa a boca de um líder sindical para reforçar a ignorância do povo e concluir que poesia e política são demais para um homem só.

A metáfora iluminava a principal crítica tropicalista: a de que a atitude paternalista ou populista sufocava a matriz cultural popular brasileira. Artistas oriundos dessa fonte, dos sambas de roda, afoxés, aboios, Caetano e Gil investiram numa estética que valorizava a tradição e a inscrevia nos fluxos de modernização – mais notadamente a televisão e a indústria do disco, como antes fizeram Luiz Gonzaga e Dorival Caymmi com o rádio. Ao invés de um ponto de vista da imutabilidade, propunham dar um passo adiante, seguir com a “linha evolutiva”. O princípio antropofágico buscava nos novos recursos tecnológicos canais de atualização dos imaginários.

A esquerda ortodoxa viu com desconfiança essa investida, fato atenuado depois que Caetano e Gil foram exilados, no início dos anos 1970. O tropicalismo propunha uma espécie de antropofagia aplicada: midiatizar nossa cultura popular, misturar Edith do Prato com guitarras, o que abriria caminho para movimentos futuros como o mangue beat. Contra o projeto ativista, Caetano se colocava a favor do respeito à linguagem de nossa cultura popular e fez dela seu alicerce, fugindo de uma abordagem folclórica ou populista. Essas questões aparecem com força no disco Transa, gravado em Londres, em 1972.

No aspecto político, a mensagem flertava mais com o liberalismo econômico do que com as pautas tradicionais da esquerda, já que a ideia de fundo era afirmar a brasilidade nos circuitos internacionais, como fizera antes Carmem Miranda. O tropicalismo não exibia apenas um diagnóstico do Brasil, mas uma proposta de afirmação de uma brasilidade desigual e injusta, ao mesmo tempo potente e criativa, paradoxal. Toda a trajetória de Caetano se dá sobre essa premissa.

 A experiência do exílio é fundante de uma contracultura tropical, cuja pauta eram as liberdades pessoais, mas também as identificações com os negros, as sexualidades não normativas, os cultos afro-brasileiros, ampliando a clássica divisão entre proletários e burgueses. Matriz micropolítica, antecipando as pautas de gênero e raciais que hoje fundamentam, em sua fragmentação, as lutas progressistas. O tropicalismo teve papel relevante na construção desse imaginário no país. Há um Brasil das festas populares, dos núcleos quilombolas, dos terreiros de candomblé, espaços de resistência, que é tematizado nas canções e na trajetória histórica desses artistas, atualizados em perspectiva não folclórica, estimulando movimentos políticos futuros. A temática antirracista, a defesa da liberdade de gênero, a busca de modelos de vida mais sustentáveis permeia Refazenda, Refavela, Realce (para ficar na obra de Gil), mas também Bicho e Cinema transcendental, de Caetano Veloso.

Depois da trégua do exílio, as tensões com a esquerda retornam na segunda metade dos anos 1970, com a discussão sobre as patrulhas ideológicas, termo cunhado por Cacá Diegues, quando do lançamento de seu filme Bye bye Brasil, em 1978. Surgem também as patrulhas odaras (referência à canção de Caetano), as brigadas psicanalíticas e outras. Um outro sintagma, “esquerda festiva”, circulava no momento. Expressões que, em comum, criticavam os aspectos iluminados pelo discurso desses artistas, diante do horror da ditadura e da esperança, ainda, de uma guinada mais radical à esquerda.

Esses debates travados no interior do campo progressista de alguma forma retomavam, uma década depois, as críticas que o tropicalismo recebeu no momento de seu surgimento. Para os patrulheiros, o distanciamento dos artistas em relação às classes populares, a temática da festa e do corpo, em plena ditadura militar, pareciam ser sinais de alienação, como a guitarra elétrica foi uma ameaça ao nacionalismo limitador do campo cultural e político no final dos anos 1960. Cacá Diegues propunha a busca de novas práticas e linguagens, diante do processo de modernização do país, tema central de seu filme.

Eram tempos do Menino do Rio, da Beleza pura; de uma política do corpo, da brasilidade litorânea. A contracultura foi presa fácil ao sistema. O debate apreendia um aspecto contraditório da matriz tropicalista, que, talvez, sinalize o incômodo de Mazza e diz respeito à ideia de antropofagia: de um lado, a capacidade de filtrar os elementos externos, fugindo da imitação; de outro, a adesão acrítica às ondas do momento, servindo apenas aos interesses do mercado. Oswald de Andrade já alertava, em seu manifesto de 1928, sobre os riscos da baixa antropofagia.

Há uma espécie de retorno, na argumentação de Mazza, ao patrulhamento ideológico, mas, agora, em sinal inverso: deixar os salões nostálgicos para se aproximar do mundo real. Mas não foi isso que fizeram aqueles artistas, com seu Ato pela Terra? Ao contrário dos anos 1960 e 1970, quando Caetano propunha a autonomia da cultura popular (contra os dirigismos à esquerda ou direita), agora ele usava seu cancioneiro para levar pautas progressistas ao Congresso e ao Judiciário.

Mazza recolhe fragmentos para manifestar seu incômodo. O desgaste, ou a ineficácia, de expressões como “Fora Temer”, sem considerar que fomos pegos de sobressalto por um golpe que foi se intensificando até chegar ao extremismo de Bolsonaro, com suas várias formas de violência. O Ato pela Terra se insere nos esforços micropolíticos de retomada da pauta que resultaram, finalmente, na vitória de Lula.

 

A diferença de uma antropofagia como prática política progressista e sua apropriação pelas forças do neoliberalismo é sinalizada em artigo de Robert Schwarz, de 2012, sobre o livro Verdade tropical, de Caetano Veloso. O tom é de elogio, sobretudo nos capítulos da crônica de juventude de Caetano na sua Santo Amaro da Purificação nos anos 1950, em que o artista fala de seu incômodo com a influência do modismo americano nos costumes locais. “Muito esclarecidamente o autêntico se define por oposição ao conformismo, não à cópia ao estrangeiro”, escreve o crítico. Esse é o ponto que justifica no tropicalismo mais do que o diagnóstico de nossas contradições, uma afirmação da nossa diferença. Há um centro de hibridização, baiano e brasileiro, espécie de filtro para incorporação da alteridade. Contra a interpretação mimética, a exportação subversiva, como pontua o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro em sua leitura do princípio antropofágico. Postura decolonial avant la lettre.

Essa é uma herança atual, porque foge ao aspecto normativo, fazendo da antropofagia uma experiência sempre contemporânea. A crise política da esquerda nesse momento pode se valer ainda desse tipo de jogo, uma espécie de diferencial brasileiro na geopolítica internacional. Uma síntese possível da política no tropicalismo: para além da clássica divisão de classes proposta pela esquerda, as micropolíticas são espaços de insurreição. Essa concepção está por trás dos movimentos coletivos, da busca dos direitos individuais que definem muito das pautas contemporâneas. Não se trata de afirmar uma relação direta entre a arte e essas bandeiras, mas de reconhecer que as mudanças principiam, muitas vezes, pelas manifestações culturais. Não como relação direta, racional, mas intuitiva, até certo ponto inconsciente. A arte sinaliza a política. O respeito tardio dos setores progressistas aos artistas tropicalistas é também sinal desse reconhecimento.

A questão de Mazza é que esse imaginário não nos serve mais, diante da eclosão de um Brasil “feio e desagradável que emergiu em 2016 portando fuzis, Bíblias e motosserras”: “É uma imagem reconfortante para tempos desconfortáveis.” O reconhecimento da distância entre a idealização da arte tropicalista e o real histórico do século XXI impede que o jornalista perceba que existem forças vivas para se contrapor a essa barbárie e que elas se filiam, de alguma maneira, à memória tropicalista.

O tom circunspecto dos artistas no vídeo descrito, ao som da música Luz do Sol, é também expiação das mortes na pandemia, esperança de retomada de um fio discursivo que o bolsonarismo ameaçou romper. Estávamos às vésperas de uma eleição histórica, em que se tramavam novos golpes. Mazza prefere ver as marcas “de autocomiseração” e pieguismo em vez da tristeza ou do medo que se abatiam diante do risco real de um segundo mandato de Bolsonaro.

O retorno tropicalista pode ser pensado como o embate de duas forças históricas no nosso processo político. Uma tradição de matriz modernista, antropofágica, popular, que nos legou a canção popular, o Carnaval e um sentido de brasilidade não xenófoba, aberta ao mundo. E uma outra tradição, baseada nos cultos neopentecostais, na proliferação de armas para a defesa do “cidadão de bem”, no conservadorismo dos costumes, na mimetização de modelos americanos. O crescimento da segunda colocou em risco a primeira, e entre os dois universos há espaços possíveis de intersecção. Considerar que a primeira nada diz aos desafios atuais é incorrer em uma leitura desconectada das forças reais do país. Mais do que isso: é reforçar, mesmo sem querer, a estratégia de poder da extrema direita. É preciso se perguntar: quais outras forças podem se contrapor, no debate público, ao obscurantismo bolsonarista? Se elas existem, estão desconectadas da memória tropicalista?

Ao falar de Bolsonaro, Mazza parece reforçar uma pretensa hegemonia direitista: “Sua visão de Brasil, por mais que doa dizer isso, é, em alguns aspectos, modernizadora, no sentido de que oferece uma autoimagem mais condizente com o mundo em que vivemos hoje.” Relegam-se a segundo plano o fascismo, a violência miliciana, a indústria da desinformação. Um pouco adiante, escreve que “Bolsonaro, bem ou mal, conseguiu inventar uma nova forma de o Brasil enxergar a si mesmo” – uma visão utópica da direita, com seu agronegócio pujante, empreendedores vibrantes, evangélicos batalhadores. Em contrapartida, a memória tropicalista é velha, idealizada.

Mazza tem o cuidado de separar o tropicalismo do caetanismo. O primeiro sintetiza uma ideia potente de brasilidade, com suas contradições, “país exuberante, mas incorrigivelmente depravado, moralista, mas corrupto até a hora de pagar a conta da padaria”, absurdo e triste, descreve. O segundo é um rebote histórico do tropicalismo, caricato, hipertrofiado, “uma tentativa de retornar a um estágio anterior da história”. O acontecimento tropicalista é algo que se forma, como dissemos, no final dos anos 1960 e abre perspectivas enunciativas que se desdobram no pós-tropicalismo e na trajetória dos artistas nas décadas seguintes. Sua força motriz é retomada em momentos históricos, como na gestão de Gil à frente da cultura nos anos Lula, e pode servir agora para uma espécie de (auto) antropofagia diante do país real bolsonarista. O centro de hibridização é uma concepção respeitosa e dialógica em relação à cultura popular.

Não devemos ser surdos aos rebotes históricos, porque eles sinalizam o futuro. A falta de visada histórica não permite perceber que as formações discursivas que sustentam o bolsonarismo não são propriamente uma novidade. A ascensão da extrema direita legitima ideias que não se formulavam no início do século, mas que de alguma forma estavam latentes; basta considerar as passeatas conservadoras pelos valores da família e da propriedade que antecederam o golpe de 1964. Formas brandas ou mais explícitas do fascismo permeiam nossa história e adquirem novas feições no real histórico. O que existe de novo é a reinvenção do populismo de direita e as teorias que disfarçam as perdas dos trabalhadores com o discurso do empreendedorismo.

A valorização do tropicalismo indica a necessidade política de um projeto de assimilação, para fugir do risco real do retrocesso que continua a bater à porta. É uma dimensão política que representa, ainda hoje, o estímulo à atualização da ideia de brasilidade, por um ponto de vista não xenófobo ou provinciano, contraponto às práticas fascistas. Não há passo adiante sem a dimensão histórica. Colocar no podium o imaginário da extrema direita como autorrepresentação do Brasil contemporâneo e na posição senil a Tropicália é, no mínimo, uma análise arriscada, por negar todo um projeto de país e de brasilidade.

É contra esse universo que as frentes bolsonaristas se voltam, talvez por perceber neles uma força política. Não se pode perder de vista que os ataques dos radicais no 8 de janeiro elegeram, como observa Francisco Bosco, símbolos do modernismo nos templos do poder em Brasília: obras de arte de Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Burle Marx, Bruno Giorgi e Frans Krajcberg – vandalizadas, destruídas, mijadas. O que teria levado os bolsonaristas a expandir sua fúria sobre essas obras de arte? “O patriota bolsonarista compartilha, sabendo-o ou não, de uma concepção cultural que não o identifica com a formação mestiça, modernista, antropofágica da cultura brasileira”, escreve Bosco.

Diante desse impasse, caberia a setores progressistas capitular ou reafirmar sua diferença? Mazza critica também a catarse do público nas exibições de Bacurau, no período que antecedia a eleição, para qualificar o filme como “moralista”. Ignora sua dimensão alegórica, tributária de uma atualização do aspecto político tropicalista do povo como sujeito, em certo sentido uma inversão da leitura de Terra em transe. A vitória de Lula e a manutenção da democracia devem muito às ações micropolíticas, à catarse de Bacurau, às lives de Caetano na pandemia, à celebração de Gilberto Gil, Milton Nascimento, Chico Buarque. Não se pode creditar a vitória apenas ao erro de Bolsonaro. A análise do vídeo dos artistas em Brasília incorre numa atualização das patrulhas ideológicas, ignorando aspectos mais profundos da relação política em torno do acontecimento. É preciso sair dos salões nostálgicos, mas igualmente é preciso buscar a memória do futuro.

O crescimento das forças reacionárias tem imposto riscos à própria ideia de governabilidade. Não são poucos os cientistas políticos que chamam atenção para a necessidade de uma coalização de forças progressistas para conter o crescimento do fascismo. Precisaremos ser antropofágicos, no sentido em que foi há mais de cinquenta anos a Tropicália.

Por essa razão, e por não perceber a dimensão histórica do tropicalismo, o ensaio de Mazza dinamita um dos poucos espaços possíveis para a construção de um novo imaginário no discurso da esquerda. Faz lembrar a crítica da revista Rolling Stone, em 2020, a uma live de Caetano. O texto dizia que, na falta de instrumentos na quarentena, até um prato precisou ser usado por seu filho Moreno Veloso. O samba de roda estava longe das referências urbanas do autor da crítica. Há saberes populares que não fazem parte da paisagem urbana e é deles que poderá surgir, uma vez mais, a resistência ao populismo e ao dirigismo.

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