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    A diretora Mari Faria, os apresentadores Celso Rocha de Barros, Fernando Barros e Silva, Ana Clara Costa e o convidado especial Arthur Nestrovski, no auditório do IMS Paulista (Foto: Marcelo Saraiva)

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Foro de Teresina: Boulos passa a mirar eleitores de Datena

O podcast debateu as eleições municipais em uma edição especial ao vivo neste sábado, em São Paulo

Amanda Gorziza, de São Paulo | 10 ago 2024_20h08
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Em uma edição ao vivo do Foro de Teresina, o podcast de política da revista piauí, a repórter Ana Clara Costa informou que a campanha do Guilherme Boulos (Psol) reavaliou alguns pontos de sua estratégia após o debate da Band nesta quinta-feira (8). “A partir de agora, Boulos vai migrar os ataques para o Datena, pois é onde ele pode conseguir alguns votos. Esse é o eleitor que estava indeciso e não sabia bem em quem votar”, disse a jornalista. O programa foi apresentado ao vivo na tarde deste sábado (10) nos Encontros piauí, no auditório do Instituto Moreira Salles em São Paulo – o IMS Paulista.

Ana Clara, Fernando de Barros e Silva e Celso Rocha de Barros discutiram o cenário das eleições municipais de São Paulo no primeiro bloco do programa. Eles analisaram a campanha de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol), principais candidatos à prefeitura, empatados tecnicamente na liderança de intenções de voto, segundo o Datafolha. Atrás deles estão José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB). 

Para Celso, a eleição na cidade mudou nas últimas semanas. “Se me perguntasse um mês atrás, posso dizer que quase dava pra cravar que Ricardo Nunes ia se reeleger. Neste último mês, houve uma bagunça na unificação da direita em torno de um único candidato. Teve a entrada de dois outsiders: o Datena e o Pablo Marçal”, afirmou o apresentador.

O segundo bloco do programa mediu a força e a capilaridade do bolsonarismo país afora. “O Bolsonaro está mais empenhado nessa eleição para prefeito do que jamais esteve para presidente. Ele está visitando as cidades e, com isso, quer uma anistia política que permita se candidatar novamente, mas especialmente uma anistia criminal”, observou Celso. “O bolsonarismo está empenhado em conquistar cidades de até 200 mil habitantes, que só tem um turno. Juntas, elas formam alguma coisa”, complementou Fernando. Já o PT abdicou da cabeça de chapa em várias cidades. “O futuro do partido envolve alianças mais amplas”, completou Celso.

Neste bloco, também foram discutidas as eleições municipais, mas em outras capitais: Belo Horizonte, Maceió e Goiânia. A capital mineira tem dez candidatos à prefeitura, numa eleição bastante pulverizada. Segundo a pesquisa AtlasIntel, Bruno Engler (PL), apoiado por Bolsonaro, lidera as intenções de voto, seguido por Rogério Correia (PT), apoiado pelo presidente Lula. O apresentador de TV e deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) tem o apoio do governador Romeu Zema (Novo) e do ex-prefeito Alexandre Kalil (Republicanos). A união deles ao mesmo candidato gerou diversas críticas. O atual prefeito Fuad Noman (PSD) tenta a reeleição. 

“Um componente forte desta eleição de Belo Horizonte é a Frente Parlamentar Cristã que tem 28 vereadores, de um total de 41. Há o apoio da Universal do Reino de Deus, Assembleia de Deus, Quadrangular e Batista de Lagoinha, que estão mobilizando muitas forças políticas”, afirmou Ana Clara.

Em Maceió, as últimas pesquisas apontaram JHC à frente das pesquisas – e deve se reeleger. É apoiado por Arthur Lira e Jair Bolsonaro. Já em Goiânia, os dois candidatos à frente das pesquisas são Adriana Accorsi (PT), delegada da polícia civil, e Vanderlan Cardoso (PSD), apoiado pelo Kassab. “A situação na cidade é um enigma”, disse Ana Clara.

Houve um bloco especial com a participação do músico Arthur Nestrovski, que falou sobre a obra de Tom Jobim, por ocasião dos trinta anos da morte do compositor. “As partituras revelam a riqueza da obra dele e poderiam ficar ao lado de Clarice Lispector, Carlos Drummond e Guimarães Rosa”, afirmou. O violinista, junto da cantora Paula Morelenbaum, que integrou a banda criada por Jobim entre 1980 e 1990, apresenta uma série nas plataformas digitais da piauí na qual visitam clássicos do maestro em seis videoaulas. Com duração de aproximadamente 15 minutos, as aulas analisam algumas músicas de Tom Jobim, como Águas de março, Sabiá e Retrato em branco e preto. As videoaulas serão divulgadas mensalmente no site da piauí e no canal da revista no YouTube. O primeiro episódio está disponível aqui.

Os Encontros piauí aconteceram neste sábado, no auditório do Instituto Moreira Salles em São Paulo, o IMS Paulista. O evento reuniu jornalistas e personalidades da política brasileira para falar sobre as eleições deste ano e como elas serão base para a corrida presidencial de 2026.

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