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    CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2024

esquina

A mão e a máquina

As mudanças tecnológicas na taquigrafia do Congresso

Pedro Tavares | Edição 218, Novembro 2024

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A fumaça das queimadas sufocava Brasília naquela tarde no final de agosto, e por isso o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), liberou o home office. Presidindo a sessão com plenário esvaziado, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) abriu a ordem do dia passando a palavra a Juliana Kolan­kiewicz, do MDB de Mato Grosso – uma su­plente que naqueles dias ocupava o lugar de Juarez Costa, hoje de volta ao cargo. “Deputada, não sei se usei a pronúncia correta desse sobrenome polaco difícil, com muitas consoantes”, desculpou-se Cavalcante. “Quase”, respondeu ela, sorrindo.

Abaixo da mesa diretora fica a bancada dos taquígrafos, responsáveis por registrar tudo o que é dito nas sessões. Com um lápis fosforescente, como prefere, Fernando Mesquita taquigrafava o discurso da deputada em um bloco de papel preto. Não se preocupou em escrever todo o sobrenome. Taquigrafou apenas “Juliana Ko”.

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