Cigarros eletrônicos para todos os gostos: a nicotina dos vapes é potencializada com o “sal de nicotina”, que chega ao cérebro quase instantaneamente, aumentando a fissura pela droga CRÉDITO: VITO QUINTANS_2024
De fumaças e vapores
Como a indústria trabalha para confundir a plateia e legalizar o cigarro eletrônico
Camille Lichotti | Edição 219, Dezembro 2024
– Mas isso é passado.
A senadora Soraya Thronicke não esqueceu a cena. Ela estava visitando as instalações da Philip Morris, a gigante do tabaco, em Bolonha, no Norte da Itália. Fora conhecer a fabricação dos cigarros eletrônicos, a novidade que chegou ao mercado mundial por volta de 2005 e já conquistou mais de 80 milhões de fumantes no mundo. A certa altura do tour, percorrendo a linha de produção dos cigarros eletrônicos, a senadora voltou-se para o seu guia e perguntou onde ficava o setor que fabricava os velhos cigarros convencionais de tabaco. O funcionário não soube responder e, com desinteresse, disse a frase que ficou na cabeça da senadora: “Mas isso é passado.”
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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