A lápide do túmulo que Sophia divide com Eva, a avó materna de Ocampo: depois da tragédia, Campo Grande registrou aumento de mais de 300% nas denúncias de maus-tratos contra crianças CRÉDITO: VALTER PATRIAL_2023
A via-crúcis da menina Sophia
Como uma sucessão de omissões levou ao assassinato de garota de 2 anos e 7 meses
| 07 jul 2023_06h00
Sophia de Jesus Ocampo era uma garotinha de 2 anos e 7 meses que foi levada em 26 de janeiro de 2023, com vários hematomas pelo corpo, para uma Unidade de Pronto Atendimento, em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Constatou-se que ela já estava morta havia quatro horas. Mais tarde, a autópsia informou que a causa da morte foi uma lesão na estrutura neurológica alojada no interior da coluna e que o hímen fora rompido recentemente.
Stephanie de Jesus da Silva, a mãe de Sophia, deixou a UPA algemada. O padrasto, Christian Leitheim, foi detido em flagrante dentro de casa. Os dois estão presos e podem ser condenados a mais de 40 anos.
A reportagem de João Batista Jr., publicada na piauí deste mês, conta como os apelos e alertas do pai biológico da menina, Jean Carlos Ocampo da Rosa, sobre as agressões que Sophia vinha sofrendo, não teve o resultado desejado sobre diversas instituições do Estado. “A Sophia só está morta pela omissão do Estado”, diz a defensora pública Neyla Mendes.
O assassinato comoveu Campo Grande e, desde que as primeiras notícias foram publicadas, houve um aumento de 300% nas denúncias de maus-tratos cometidos contra crianças na capital.
Os assinantes da revista podem ler a íntegra da reportagem neste link.
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