As offshores milionárias do rei da Jordânia
Neste mês, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) abriu a caixa de Pandora das offshores. Milhares de documentos analisados por seiscentos jornalistas de todo o mundo revelaram quem são os donos desses empreendimentos. A lista dos proprietários de empresas nas Ilhas Virgens Britânicas, um dos mais conhecidos paraísos fiscais, inclui uma série de políticos internacionais. Entre eles, está o rei da Jordânia, Abdullah II. Dono de offshores nas Ilhas Virgens, o rei gastou milhões de dólares no exterior enquanto aplicava duras medidas de austeridade em seu país.
Documentos obtidos pelo ICIJ mostram que, ao todo, Abdullah II usou 106 milhões de dólares de suas offshores para comprar imóveis de luxo em Malibu, nos Estados Unidos, e no Reino Unido. A quantia é equivalente a um empréstimo de 100 milhões de dólares que o Banco Mundial fez ao governo da Jordânia em 2020 para ampliar o acesso à educação básica e reverter os problemas educacionais causados pela Covid-19 no país.
A Jordânia é um dos países mais pobres do Oriente Médio e sobrevive principalmente da ajuda financeira que recebe por seu papel como fonte de estabilidade na região. Mas a dificuldade financeira pela qual passam os jordanianos não parece afetar o rei. O jornal Washington Post mostrou que Abdullah adquiriu pelo menos três residências multimilionárias em Londres, de acordo com os arquivos. Ele somou as novas propriedades a uma outra que ele havia adquirido anteriormente para criar um complexo residencial perto do Palácio de Buckingham.
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