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Benefícios do Judiciário custam o dobro da cota parlamentar da Câmara

Luigi Mazza, Plínio Lopes e Renata Buono | 11 set 2020_17h37
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Só em 2019, o Judiciário brasileiro pagou ao menos 415 milhões de reais em benefícios a juízes e desembargadores. A conta inclui o pagamento de auxílio-moradia, auxílio-saúde, auxílio-alimentação, indenizações por férias não tiradas e outros tipos de auxílio. Esse dinheiro todo corresponde ao dobro do que a Câmara dos Deputados gastou, no mesmo período, com a cota parlamentar – verba utilizada pelos deputados para custear despesas com carros, combustível, passagens aéreas e alimentação.

Apesar dos privilégios da magistratura, juízes e desembargadores foram poupados da reforma administrativa que o governo enviou ao Congresso. Não é exceção, no Judiciário, o desrespeito ao teto de gastos do funcionalismo, que hoje é de 39,2 mil reais. Isso porque, além do salário, os magistrados recebem uma série de benefícios que complementam a renda, como auxílio-moradia e auxílio-saúde. Em 2019, cada juiz custou aos cofres públicos, em média, 50,9 mil reais. O valor varia de acordo com a região. Em Santa Catarina, o custo médio por juiz chegou a quase 77 mil reais.

Fontes: Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Câmara dos Deputados.

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