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Brasil tem uma São Paulo de desempregados

Luigi Mazza, Marcos Amorozo e Renata Buono | 09 nov 2020_10h30
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Em setembro, a taxa de desemprego no Brasil bateu novo recorde: 13,5 milhões de pessoas estão sem emprego, segundo dados do IBGE. Se todas essas pessoas estivessem concentradas numa só cidade, essa cidade seria mais populosa do que São Paulo, que tem cerca de 12 milhões de habitantes e é o município mais populoso de todo o Hemisfério Sul.

A taxa de desemprego cresceu mês a mês, desde que a pandemia aportou no Brasil. Em maio, o país registrou 10,1 milhões de desempregados. Em julho, já eram 12,5 milhões. Agora, são 13,5 milhões – em torno de 6% da população. Nos Estados Unidos, que tem população bem maior do que a brasileira, o número de desempregados em outubro era de 11,1 milhões, segundo dados do Departamento de Trabalho americano.

Alguns estados têm uma taxa de desemprego superior à média nacional, que é de 14%. No Rio de Janeiro, por exemplo, 16,1% da população economicamente ativa estava sem emprego, em setembro. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) reflete esse quadro: o Rio de Janeiro foi o estado que mais fechou vagas, proporcionalmente à população. De março a setembro, 996 a cada 100 mil fluminenses perderam o emprego. É o triplo do que foi a taxa em Minas Gerais, onde 315 a cada 100 mil mineiros tiveram a vaga de emprego fechada na pandemia.

Fontes: Pnad Contínua (IBGE); Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged); U.S. Departament of Labour.

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