A capa que não foi
De novo, a piauí muda a primeira página aos 45 do segundo tempo
A capa da edição de abril da piauí nasceu cedo: o cartunista Allan Sieber mandou um esboço de sua ideia assim que o presidente Jair Bolsonaro começou a politizar a epidemia do novo coronavírus, tentando atrair para si dividendos eleitorais em meio à maior emergência de saúde pública do país em um século. Sieber, certeiro, colocou Bolsonaro no lugar de Charles Chaplin, na cena em que ele incorpora Hitler em O Grande Ditador, filme de 1940. A capa estava resolvida com duas semanas de antecedência – fato raro na vida da piauí.
E continuaria raro. Faltando um dia para o fechamento da edição, a ideia de Sieber começou a circular nas redes sociais, na pena de outros desenhistas – e a revista entendeu que, diante disso, a proposta perdera sua originalidade. Era hora de convocar os colaboradores da revista de volta à prancheta. O desenhista Caio Borges, já no dia do fechamento, começou a trabalhar numa sátira que também retrata o comportamento irresponsável de Bolsonaro diante da pandemia. O desenho, concebido e finalizado em questão de horas, está na capa da edição de abril: um palhaço presidencial a fazer malabares com o vírus letal.
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