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Cartazes ensinam a como se comportar no Japão

Os “pôsteres de boas maneiras” surgiram há mais de um século e viraram uma tradição nos trens e metrôs

| 10 jan 2025_15h13
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Quem gosta de design gráfico logo se fascina diante dos cartazes que a rede ferroviária do Japão exibe regularmente. São os manā posutā, algo como “pôsteres de boas maneiras”. Estações, trens e metrôs os adotam com o intuito de recomendar ou desaconselhar certas atitudes dos passageiros.

Engenhosos e coloridos, os cartazes lembram mais peças publicitárias que placas de aviso. Entre os temas que costumam abordar, destacam-se o uso de celulares e tablets, o manuseio de bagagens, o descarte de lixo, a postura nos assentos e a modulação da voz durante as conversas. A ideia é educar pelo bom humor ou pelo lirismo.

Os primeiros pôsteres – simples, esporádicos e sisudões – apareceram no reinado do imperador Taishō (1912 e 1925). Foi muito depois, porém, que se tornaram habituais. A partir dos anos 1970, a Eidan, uma das corporações que operam o metrô de Tóquio, chamou a atenção por lançar mensalmente cartazes inovadores e divertidos.

 Uma imagem de Marilyn Monroe, criada com aerógrafo em 1976, ilustrava um deles. Fez tanto sucesso que os viajantes roubaram a maioria das cópias mal a empresa as afixou nas estações. A iniciativa da Eidan acabou inspirando outras concessionárias, e os “cartazes de boas maneiras” viraram uma tradição.

Entre 2016 e 2018, a Seibu Railway desenvolveu talvez a mais bonita série do gênero, que a piauí reproduz na edição deste mês. Com ajuda da agência publicitária Dentsu, a companhia bolou cartazes semelhantes às ukiyo-e, xilogravuras típicas do período Edo (1603-1867), fase em que o Japão se fechou para o mundo e gozou de relativa paz. 

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