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César Batiz e o dia a dia de um cidadão na Venezuela

01nov2016_13h17

César Batiz trabalha em dois veículos da mídia independente em seu país: a plataforma de dados Poderopedia e o canal online El Pitazo. Batiz conversou com a repórter Carol Pires e com Simon Romero, correspondente do New York Times.

Batiz comentou a grave crise econômica que afeta a rotina da população. Diariamente, as pessoas com menor poder aquisitivo gastam horas em filas para adquirir produtos de primeira necessidade. A gravidade da situação propiciou o surgimento dos bachaqueros: “São pessoas que têm contatos no comércio e ligam a seus clientes oferecendo produtos, como por exemplo um quilo de arroz.” Os bachaqueros cobram mais caro e lucram em cima da revenda. “Todos os venezuelanos precisam desses vendedores informais, que repassam arroz, fraldas, cimento, medicamentos, até papel higiênico.”

O governo controla as fábricas importantes, e a escassez de produtos gera situações inusitadas: “As fábricas de cimento foram estatizadas e não dispõem de sacos para embalar o produto. Recorrem a sacos plásticos destinados a outros fins. E se você for pego na rua com vários sacos de cimento, podem achar que são para revenda e você corre o risco de ser preso.” O governo também controla o papel. “Os jornais tiveram de reduzir o número de páginas; alguns se limitam a lançar a edição impressa somente em alguns dias por semanas, colocando o resto do conteúdo na internet.” Nos últimos três anos, 22 jornais fecharam na Venezuela devido à falta de papel.

 

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A íntegra da conversa[vc_column][/vc_column][/vc_row]

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