A Revista
Podcasts
  • Todos os podcasts
  • Foro de Teresina
  • Sequestro da Amarelinha
  • A Terra é redonda
  • Maria vai com as outras
  • Luz no fim da quarentena
  • Praia dos Ossos
  • Praia dos Ossos (bônus)
  • Retrato narrado
  • TOQVNQENPSSC
Igualdades
Dossiê piauí
  • Pandora Papers
  • Arrabalde
  • Perfil
  • Cartas de Glasgow
  • Open Lux
  • Luanda Leaks
  • Debate piauí
  • Retrato Narrado
  • Implant Files
  • Eleições 2018
  • Anais das redes
  • Minhas casas, minha vida
  • Diz aí, mestre
  • Aqui mando eu
Herald Vídeos Lupa
Faça seu login
Assine
  • A Revista
  • Podcasts
    • Todos os podcasts
    • Foro de Teresina
    • Sequestro da Amarelinha
    • A Terra é redonda
    • Maria vai com as outras
    • Luz no fim da quarentena
    • Praia dos Ossos
    • Praia dos Ossos (bônus)
    • Retrato narrado
    • TOQVNQENPSSC
  • Igualdades
  • Dossiê piauí
    • Pandora Papers
    • Arrabalde
    • Perfil
    • Cartas de Glasgow
    • Open Lux
    • Luanda Leaks
    • Debate piauí
    • Retrato Narrado
    • Implant Files
    • Eleições 2018
    • Anais das redes
    • Minhas casas, minha vida
    • Diz aí, mestre
    • Aqui mando eu
  • Herald
  • Vídeos
  • Lupa
  • Faça seu login

    Após pronunciamento, Lula é carregado pela multidão e acena antes de desaparecer dentro do prédio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC IMAGEM: REPRODUÇÃO TVT_YOUTUBE

anais da República

Do mandato ao mandado e além

Lula admite cumprir mandado de prisão, pega presidenciáveis não-petistas pela mão e sai de cena carregado pelos que o fizeram entrar nela

José Roberto de Toledo | 07 abr 2018_17h40
A+ A- A

Em frente ao sindicato onde diz ter nascido e com um microfone na mão, Lula da Silva discursou como quem fala pela última vez. Voltou ao 1968 de quando se sindicalizou, passeou pelo 1978 de quando liderou greves que o empurraram para a notoriedade, rememorou a fundação do PT, comemorou sua Presidência e terminou tentando apontar um futuro sem ele para a esquerda em 2018. Depois saiu de cena, coreografada, carregado pelos militantes em meio a uma multidão. Lula perdeu o processo mas ganhou a imagem.

Mestre da cerimônia de sua própria despedida, o ex-presidente pegou pela mão, no alto do carro de som e diante de milhares de pessoas, não um político com mandato, nem sequer um petista, mas o líder de um movimento militante. Apresentou e beijou Guilherme Boulos, líder sem-teto, e pré-candidato a presidente pelo PSOL. Tentou fazer igual com Manuela D’Ávila, pré-candidata pelo PC do B, mas ao fazê-lo, chamou-a de “garota bonita”. Ambos têm menos de 40 anos e ficaram em destaque ao lado de Lula no palanque.

Dos petistas cotados para disputarem a Presidência em seu lugar, um não estava lá, outro ficou no fundo da cena, e o terceiro tem barba e cabelo brancos. A troca de bastão não se completou no partido. Preferido pela máquina do PT, o ex-governador baiano Jaques Wagner não apareceu na cena de despedida de Lula. Mãos cruzadas à frente do corpo, Fernando Haddad parecia tão encabulado no palanque quanto em sua derrotada campanha à reeleição como prefeito de São Paulo. Celso Amorim é diplomata.

A ênfase do discurso de Lula – para além das velhas críticas ao Judiciário e à imprensa – foi sobre a militância. Mencionou um a um os diretores de sindicato que estavam sobre o carro de som. Disse que não voltou a disputar eleição de deputado após a Constituinte por querer mostrar ao PT que quem tem mandato não é mais importante do que quem não tem. Só faltou desenhar que o partido precisa voltar-se para a militância social-sindical de sua origem se quiser preservar algum futuro no cenário político.

Não chegou a ser uma autocrítica, mas poderia ter sido. As greves e ocupações que o Lula com microfone exaltou sábado pararam de acontecer com a frequência que ocorriam justamente após o Lula virar presidente. Ao mesmo tempo, a dedicação do PT voltou-se para a ocupação burocrática de Brasília – como é praxe acontecer com os movimentos políticos que chegam ao poder.

Ao dizer que cumpriria o mandado de prisão em vez do mandato presidencial, ao escolher dois jovens políticos não-petistas como símbolos de seu legado e ao dizer que virou uma ideia, Lula deixou a vida de candidato rumo à cadeia, mas ainda não parece disposto a entrar para a história. Ao abrir novas possibilidades em sua herança política, parece pretender comandar o processo de sua própria sucessão desde a cela em Curitiba. Não será fácil.

Ficará isolado, sem tevê nem comunicação permanente com o que acontece fora do prédio da Polícia Federal. Não se alimentará do contato com seus eleitores, não mais se informará no “chão de fábrica” para perceber para onde tende a opinião pública. Pode ser por alguns dias, por alguns meses ou por alguns anos.

FOTO: FRANCISCO PRONER RAMOS/FARPA FOTOCOLETIVO

Duas imagens sintetizam o sábado derradeiro do Lula candidato em São Bernardo do Campo. A primeira, messiânica, foi captada por um fotógrafo de 18 anos, nascido em Curitiba e radicado no Rio de Janeiro. Francisco Proner Ramos enquadrou Lula no meio de uma compacta massa humana sendo carregado nos ombros e com braços esticados em sua direção. Ramos fotografou o ex-presidente desde o alto do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Não se vê o prédio,  só Lula no centro, e centenas de pessoas apertadas ao seu redor.

A outra imagem não é uma foto, mas um frame do vídeo da tevê dos Trabalhadores, que transmitiu o evento ao vivo. É a última vez que Lula aparece em cena. O ex-presidente destaca-se da multidão à sua volta por estar nos ombros de um militante. No instante anterior a desaparecer dentro do prédio do sindicato, Lula se volta para trás e acena com a mão esquerda, justamente a mão que se tornou sua marca registrada por faltar-lhe o dedo mínimo, perdido no torno onde trabalhava como metalúrgico.

Em ambas, aparece como líder de massas, mas na segunda é claro o sentido da despedida. Qual se revelará mais premonitória?

José Roberto de Toledo
José Roberto de Toledo

Editor-executivo da piauí, foi repórter e colunista de política na Folha e no Estado de S. Paulo e presidente da Abraji

Leia Mais

anais das redes

O dia em que a história não aconteceu

A sexta-feira se anunciava como o dia em que Lula seria preso, faria um discurso histórico ou fugiria: no fim, nem recorde de curiosidade bateu

06 abr 2018_22h59
questões político-judiciais

Noite em claro no sindicato

Melancolia e euforia durante a vigília nos Metalúrgicos do ABC contra prisão de Lula

06 abr 2018_12h18
rádio piauí

Foro de Teresina #206: O inverno de Bolsonaro

O podcast de política da piauí discute os principais assuntos da semana

24 jun 2022_10h59
  • NA REVISTA
  • Edição do Mês
  • Esquinas
  • Cartuns
  • RÁDIO PIAUÍ
  • Foro de Teresina
  • A Terra é redonda
  • Maria vai com as outras
  • Luz no fim da quarentena
  • Praia dos Ossos
  • Praia dos Ossos (bônus)
  • Retrato narrado
  • TOQVNQENPSSC
  • ESPECIAIS
  • Pandora Papers
  • Arrabalde
  • Igualdades
  • Open Lux
  • Luanda Leaks
  • Debate piauí
  • Retrato Narrado – Extras
  • Implant Files
  • Eleições 2018
  • Anais das redes
  • Minhas casas, minha vida
  • Diz aí, mestre
  • Aqui mando eu
  • HERALD
  • QUESTÕES CINEMATOGRÁFICAS
  • EVENTOS
  • AGÊNCIA LUPA
  • EXPEDIENTE
  • QUEM FAZ
  • MANUAL DE REDAÇÃO
  • In English
    En Español
  • Login
  • Anuncie
  • Fale conosco
  • Assine
Siga-nos

0800 775 2112 (Fora de SP, telefone fixo)
Grande SP ou celular fora de SP:
[11] 5087 2112
WhatsApp: [11] 3061-2122 – Segunda a sexta, 9h às 18h

© REVISTA piauí 2022 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Desenvolvido por OKN Group