Dois chineses na mão por um Trump voando

Jair Bolsonaro costuma dizer que a China não está comprando no Brasil, mas o Brasil. Na guerra comercial entre americanos e chineses, o presidente brasileiro se alinhou a Donald Trump em prejuízo do principal parceiro comercial do Brasil. Para contrabalançar as idas de Bolsonaro aos Estados Unidos, o vice-presidente Hamilton Mourão está na China, de olho num saldo de 29,5 bilhões de dólares. Na balança de exportações brasileiras, um Xi Jinping – presidente chinês – vale mais que dois Trumps.

A cada barril de petróleo que o Brasil exportou para os Estados Unidos em 2018, quatro barris foram exportados para a China.

O Brasil teve superávit de 29,5 bilhões de dólares com a China em 2018. Isso equivale a sete vezes e meia o superávit brasileiro com a Argentina (3,9 bilhões de dólares).

Por dia, o Brasil exporta para a China 618 mil toneladas de minério de ferro. Isso corresponde ao peso de 13 Titanics e meio (46 mil toneladas cada).

Num período de dez horas, o Brasil exporta 15 contêineres de carne bovina para a China. Se fossem empilhados, esses contêineres teriam a altura da estátua do Cristo Redentor. Em uma semana, a pilha de contêineres chegaria à altura de 19 Cristos.

A cada segundo, 3 fones de ouvido chineses desembarcam no Brasil, e 2,5 quilos de milho brasileiro em grão chegam aos portos da China.

Em 2018, o Brasil importou da China 6,7 milhões de pneus para automóveis de passageiros. Essa quantidade seria suficiente para renovar os pneus de toda a frota de carros de passeio de Brasília (1,3 milhão de carros).

Entre janeiro e abril deste ano, o Brasil exportou 100 toneladas de lagostas inteiras para a China. Isso é o dobro do que foi exportado de abacates para a Argentina (46,5 toneladas).

Fontes: Ministério da Economia; History in Numbers; Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC); Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

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Atualizada às 14h02 do dia 25 de outubro; versão anterior identificava erradamente o líder chinês.