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    ZÉ CARLOS BARRETTA/FOLHAPRESS

questões da política

Em vídeo, o nanico Meirelles ataca Ciro e Bolsonaro

Presidenciável do MDB chama as candidaturas dos rivais de “aventura” para tentar roubar votos de Alckmin

Allan de Abreu | 27 jun 2018_20h42
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O ex-ministro da Fazenda e pré-candidato à Presidência Henrique Meirelles, do MDB, partiu para o ataque contra dois de seus adversários: Ciro Gomes, do PDT, e Jair Bolsonaro, do PSL. O objetivo é buscar a polarização com as candidaturas à sua frente nas pesquisas, que chama de “aventura”, e tentar se contrapor com um alegado perfil sereno.

Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta quarta-feira, com um minuto de duração, o locutor pergunta: “Em qual tempo está o candidato em que você está pensando em votar? No tempo em que a mulher abaixava a cabeça para o homem? No tempo do preconceito?” Nesse momento, são exibidos trechos de vídeos em que Bolsonaro xinga a deputada petista Maria do Rosário.

Novo questionamento do locutor: “No tempo de quem acha que ainda se ganha no grito?” Surge Ciro com uma expressão de raiva: “O Lula é um merda!”. “Qual tempo você quer para o Brasil? Tempo de arriscar uma aventura?”, complementa, mostrando a imagem dos dois candidatos. Quando Meirelles surge, a música muda para um tom alegre. O vídeo termina com o slogan #chamaomeirelles. Procuradas, as assessorias das campanhas de Ciro e Bolsonaro não se manifestaram até a publicação desta reportagem.

A decisão de partir para um tom mais agressivo na campanha foi tomada há poucos dias, de acordo com um dos integrantes da equipe de marketing, coordenada por Chico Mendez. O diagnóstico foi de que o sentimento de indignação é importante nestas eleições, e será necessário se valer dele para alavancar as candidaturas. O objetivo é fazer de Meirelles um “radical de centro”, dosando agressividade e serenidade.

Não será tarefa fácil. O ex-ministro de Temer patina nas pesquisas. Na última pesquisa Datafolha, divulgada em 11 de junho, ele não ultrapassa 1% das intenções de voto. Para evitar uma morte precoce da candidatura, os caciques do MDB tratam de rejeitar a possibilidade de o partido se aliar ao tucano Geraldo Alckmin, concorrente direto de Meirelles no centro do espectro ideológico da atual disputa. “O partido não será sobremesa de chuchu”, disse o senador e presidente da sigla Romero Jucá logo após reunião em Brasília com o pré-candidato, o ministro Moreira Franco e a equipe de Chico Mendez.

Apesar de baterem o martelo em relação à mudança no tom da campanha e vetarem uma aliança com Alckmin, o partido deu um ultimato para Meirelles. O ex-ministro terá até o fim de julho para reagir nas pesquisas. Se até lá isso não ocorrer, terá de desistir da candidatura, segundo um participante da reunião da coordenação de campanha do MDB.

 

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