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    O presidente Jair Bolsonaro discursando no Maracanãzinho, neste domingo (24) - Foto: Mauro Pimentel/AFP

anais do golpismo

Ensaio para a Setembrada

Lançamento de candidatura de Bolsonaro tem ataques ao Supremo, aceno ao eleitorado feminino e adesão baixa nas redes

Thallys Braga e Luigi Mazza | 24 jul 2022_17h44
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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro assistiam ao discurso da primeira-dama Michelle Bolsonaro no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo. Nas arquibancadas à direita do palco, uma mulher de blazer, camiseta branca e uma gravata estampada com o rosto do presidente se levantou de seu assento. Irritada, disse a três amigas: 

– Peraí que eu vou resolver isso.

Desceu as escadas de forma estabanada, se dirigiu a dois seguranças que usavam broches com o desenho do Palácio do Planalto e perguntou: “Vem cá, por que aquelas cadeiras estão vazias?”. Ela apontou para as arquibancadas à esquerda. Os homens se entreolharam e responderam que não sabiam o porquê. “Eu vou dizer o porquê: a organização do Maracanãzinho é petista. Querem que as arquibancadas apareçam vazias nas fotos pra insinuar que nosso presidente tá fraco. Vocês me ajudam a resolver isso?”, a mulher perguntou. Os seguranças não responderam. “De que lado vocês estão, porra?”, continuou a mulher, antes de se virar e retornar ao seu assento, inconformada.

Apesar da distribuição gratuita de ingressos e da campanha intensiva nas redes, os 13 mil lugares do Maracanãzinho não lotaram para assistir à convenção nacional do PL, com o lançamento da candidatura de Bolsonaro à reeleição. Embora o evento tenho reunido uma multidão nada desprezível, havia espaço de sobra nas arquibancadas e na pista. Uma criança dormia sob uma bandeira do Brasil hasteada no chão da arena, sem ser incomodada, quando o presidente subiu ao palco. 

Antes de falar, Bolsonaro passou a palavra à primeira-dama, que vem sendo cobrada a participar de forma mais ativa da campanha. Michelle Bolsonaro discursou em tom quase messiânico. Falou em Deus e relembrou o atentado sofrido por Bolsonaro em 2018. As mulheres foram um dos eixos do evento. O presidente elogiou o trabalho da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e abraçou-a no palco. A menos de três meses do primeiro turno da eleição, o presidente tenta diminuir a rejeição que sofre do eleitorado feminino. No final de junho, pesquisa Datafolha apontou que o ex-presidente Lula (PT) tinha 49% das intenções de voto entre as mulheres; Bolsonaro, apenas 21%. (Entre os homens, Lula tinha 44% das intenções de voto na mesma pesquisa, e Bolsonaro, 36%.)

 

O evento teve baixa adesão nas redes sociais, mostrou levantamento feito pela consultoria Arquimedes a pedido da piauí. Até Bolsonaro subir ao palco, as hashtags #capitaodopovo e #pelobemdoBrasil – slogans oficiais do evento, reproduzidos pela base bolsonarista – somavam menos tuítes que a hashtag #faltam70, postada por apoiadores de Lula para dizer que restam apenas 70 dias até o primeiro turno das eleições. Não colaborou o fato de que, enquanto Bolsonaro chegava ao Maracanãzinho, o Flamengo entrava em campo para jogar contra o Avaí, em Florianópolis, pelo Campeonato Brasileiro. As menções aos jogadores Gabigol e Vidal ofuscaram o evento do presidente.

Às 13h, os bolsonaristas superaram os lulistas, com uma média de 600 posts por minuto no Twitter. Acumulavam, às 16h, 87 mil tuítes com a hashtag #capitaodopovo, contra 38 mil da hashtag #faltam70. Não deixa de ser sintomático que, dos três posts com a hashtag bolsonarista que tiveram o maior número de interações no Twitter, dois tenham vindo de Flavio Bolsonaro, que dos filhos políticos de Bolsonaro é o que tem menor atividade nas redes. “O bem vai vencer mal, como sempre!”, bradou Flavio, ao postar uma foto ao lado do pai minutos antes do evento começar. Recebeu 13 mil curtidas até as 16h, o recorde dos bolsonaristas até aquele momento. Eduardo Bolsonaro fez um post protocolar, divulgando o link da transmissão ao vivo do evento no YouTube. Até a publicação desta reportagem, Carlos Bolsonaro não havia postado nada em suas redes.

Boa parte das publicações feitas por bolsonaristas tentavam provar que o Maracanãzinho estava, sim, lotado. Milhares de tuítes atacavam a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que, dias antes, havia estimulado uma campanha de boicote ao lançamento da candidatura de Bolsonaro (internautas contrários ao governo anunciaram que estavam fazendo inscrições falsas no evento, para que o número de ingressos esgotasse e o Maracanãzinho acabasse ficando vazio). 

Arquibancadas vazias no Maracanãzinho durante o lançamento da candidatura de Bolsonaro neste domingo — Foto: Thallys Braga

A organização do evento anulou qualquer chance de boicote: apesar de os ingressos antecipados terem esgotado na internet, quem chegasse ao Maracanãzinho conseguia entrar para assistir ao presidente sem maiores entraves. No fim do dia, a assessoria do PL estimou que 12 mil pessoas compareceram ao evento.

“Boicota mais, @tabataamaralsp”, tuitou o vereador Nikolas Ferreira (PL-MG), de Belo Horizonte. O post, que mostrava uma foto da multidão reunida no Rio de Janeiro, acumulava 12,7 mil curtidas até o fim da tarde de domingo. “Bom dia, @tabataamaralsp. Sexta-feira é meu aniversário. Será que dava pra você organizar um boicote à minha festa?”, debochou o twitteiro oiluiz. Recebeu 5 mil curtidas até o fim da tarde de hoje. A campanha contra Amaral vinha acontecendo desde quarta-feira (20). Naquele dia, a deputada foi citada em 28 mil posts no Twitter, seu segundo maior pico do ano. Perfis que apoiam Bolsonaro responderam por 97% dessas publicações, segundo a consultoria Arquimedes.

 

Ao lado de seu candidato a vice, general Braga Netto, do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) e do deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), Bolsonaro criticou o ex-presidente Lula e quase conseguiu terminar o discurso sem mencionar o Supremo Tribunal Federal, seu alvo mais frequente. “Hoje vocês sabem o que é o Supremo Tribunal Federal”, afirmou, referindo-se aos ministros como “poucos surdos de capa preta”. Os comentários contra o STF acarretaram as vaias mais altas do evento. As menções do presidente a comunismo, aborto e ideologia de gênero também deixaram os apoiadores agitados. Bolsonaro completou: “O poder emana do povo se o povo bem escolher seus representantes”. Ao final, o presidente convocou apoiadores para irem às ruas “pela última vez” em novo evento no Sete de Setembro, e voltou a afrontar os ministros do Supremo.

Na entrada do Maracanãzinho, o repórter da piauí tirou todos os pertences do bolso para atravessar um detector de metais. Depositou fone de ouvido, bloco de notas, caneta, chaves e gravador num recipiente, só esqueceu o celular. Atravessou o detector com o aparelho no bolso, mas o sistema de vigilância não emitiu nenhum som. “Opa, amigo, eu esqueci de tirar o celular, me desculpa. Não fez nenhum  barulho, né?”, disse ao segurança, um rapaz de vinte e poucos anos. Ele riu. “Tá tudo desligado, amigão. Imagina se isso apitasse para todos os revólveres que tão passando aqui? A gente terminaria o dia morrendo de dor de cabeça.”

Thallys Braga
Thallys Braga

Estagiário de jornalismo na piauí

Luigi Mazza
Luigi Mazza

Repórter da piauí

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